Sou muito apegada a reflexões sobre a vida, de todo tipo. Reflexões de cunho religioso, cristianismo, judaísmo, budismo. Elaborações sobre as questões do corpo, medicina alternativa, terapias orientais, dicas de alimentação e exercícios físicos.
Gosto também de psicologia, psicanálise, interpretações jungianas de sonhos. Tenho amigos capazes de passar muitas horas comigo tomando café e conversando sobre essas coisas e muitas outras. Gosto de gente, de elaborar a vida através da palavra e da companhia. E claro, como boa libriana que sou, não resisto a uma análise sobre minhas relações, não como DR, mas como observação, numa perspectiva a la Machado de Assis, de metalinguagem... gosto de ir vivendo as relações e reparando nelas.
Mas apesar desse apego por reflexões, diálogos, leituras e escritas, em alguns momentos ou áreas da vida isso não tem tanto eco e não faz sentido. Há um tema dentro de mim sobre o qual passei os três últimos meses refletindo, dialogando com meus amigos mais íntimos. E sobre isso pensei mil e uma coisas. Ouvi todo tipo de conselho que se possa imaginar, elaborei caminhos complexos, e no fim das contas não cheguei muito longe.
Até que por esses dias, decidi parar com esse arsenal de recursos internos em posição de sentido, e relaxar. Me dei o direito de não saber a resposta, de não planejar, não conversar sobre isso com mais ninguém que apresente uma receita, não buscar alternativas... apenas não saber. Decide viver com a minha dúvida, conviver com a contradição posta e não fazer nada a respeito. Tem sido libertador.
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