segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Colocando a vida em ordem...



Pensei em escrever sobre vários assuntos... alguns do dia-a-dia, outros mais viajados...tipo a infância... mas comecei a escrever e não foi pra frente. Então acho que vou escrever sobre a disciplina. Dizem que a boca fala do que o coração está cheio. Eu poderia dizer que os dedos escrevem do que o coração está cheio, por isso escrevamos então.
Hoje quero escrever que estou feliz... finalmente colei grau, doeu um pouco, mas sobrevivi. Na sexta-feira de manhã e a tarde, acho que eu não fiquei cem por cento... estava me sentindo estranha, instável... mas a noite fiquei bem, cumpri meu ritual de passagem fizemos um jantar e agora, vamos a um novo tempo.
Então, nesta sensação de ritual cumprido, acordei hoje disposta a colocar minha vida em ordem... a primeira ação foi acordar cedo e ir correr no bosque... confesso que acho que estraguei demais o meu corpo em 2010, porque quase morri correndo hoje, mas é um começo e espero recuperar logo a minha performance... mas foi triste saber que deixei pra traz um preparo físico razoável e que agora tenho que começar praticamente do zero...adotando hábitos saudáveis e abandonando meus queridos hábitos não saudáveis... vai ser osso!!!
Outra coisa que fiz hoje cedo foi estudar... meu exame da OAB vai ser daqui duas semanas, e portanto, comecei a estudar, de manhã...olha só que orgulho...é fato que deveria ter começado a estudar muito antes... fui em parte das aulas do cursinho, mas as vezes penso que o cursinho me atrapalha... então agora que ele acabou, comecei a estudar com toda a disciplina que me cabe...
Estou tentando transformar o dia de hoje em um marco... numa espécie de dia que realmente deu início ao meu 2011... confesso que estou muito cansada da vida em suspenso, dos processos de transição... quero provar a vida no seu máximo de plenitude e para isso... estou caminhando e estruturando as minhas escolhas!!!
Vamos em frente...
Ah, ê obrigada aqueles que lêem o Blog...
Bjos a todos e até amanhã...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Culpa!




Passo boa parte do meu tempo, mesmo quando fazendo outras coisas, digerindo o que vejo e escuto aí fora. E, ultimamente, isso tem sido um processo intenso. Meu metabolismo afetivo está a mil por hora. Nunca processei tão rápido e de forma tão profunda aquilo que entra em mim. E melhor ainda, estou aprendendo a perceber o que deve ficar na minha alma (nutrientes e vitaminas subjetivas) e o que deve ser excretado, colocado pra fora antes que vire toxina e me faça mal... e muita coisa é alimento inútil ou até mesmo prejudicial... acho que quando chegamos a estados de tristeza profunda, significa que estamos tendo uma intoxicação alimentar da alma e do espírito, e assim como uma intoxicação alimentar física, isso pode levar até a própria morte... se não, não haveria tanta gente que se mata por causa de depressão!!!
Afirmo aqui que a parte da depressão, não é autobiográfico, é apenas uma reflexão. Mas continuando, penso que algumas coisas que chegam até nós no campo subjetivo devem ser processadas e jogadas fora... fundamentalmente aquilo que nos gera culpa, quase sempre sem necessidade.
E a forma de digerir isso é entender que a culpa só se instala em nós quando permitimos, não estou falando de uma consciência do erro, isso é importante ter, estou falando de uma culpa que nos corrói e acaba por destruir.
Quando agimos de uma determinada maneira, e não temos convicção real de que aquilo é o certo, então aí, damos brecha para a culpa, pois abrimos em nosso sistema, uma lacuna, que caso alguém nos acuse, então aí nós mesmos já nos declaramos culpados. E como toda culpa gera, na nossa estrutura subjetiva, uma punição, então permitimos que o outro nos puna, ou nós mesmos, acabamos por nos punir.
Talvez não tenha ficado tão claro, então, para explicar melhor o pensamento, vou inverter a lógica, imagine só, quando agimos de uma maneira determinada por absoluta convicção, mesmo que haja outras pessoas que descordem daquilo que estamos fazendo, mas sabemos que aquela forma de proceder é o certo... isto é, há uma estruturação plena de determinada ação dentro de nós que é igual a "convicção"... portanto, se agimos assim, de acordo com aquilo que acreditamos, e alguém vem e nos acusa de estar agindo de maneira errada... o que gera dentro de nós não é culpa, e sim, indignação, vontade de lutar por aquilo que acreditamos e seguirmos em frente.
O melhor e mais simples para a nossa sanidade afetiva, seria agirmos somente de acordo com aquilo que está bem estruturado dentro de nós, isso é, agirmos de acordo com aquilo que realmente acreditamos. Mas o fato é que isso não acontece... volta e meia, fazemos coisas que destoam do que estruturamos internamente... e isso pode ocorrer em diversos níveis... o mais evidente e socialmente relevante é o descumprimento da lei, pois temos os princípios gerais do ordenamento jurídico internalizados em nós, e quando descumprimos, há algum tipo de punição. Outro exemplo é o pecado, que para o cristianismo, nada mais é do que o descumprimento de uma conduta moral determinada... mas há sem dúvida, um código moral interno... partindo das várias colunas que compõe a nossa formação... que em muitas pessoas, pode até coincidir com exatamente aquilo que determina a lei, ou mesmo outro código moral, como o que as religiões desenvolvem. Mas creio que no geral, temos um código moral interno particular, que articula vários elementos, externos, mas também internos, pois, coloca na roda as nossas próprias experiências... e na verdade é este último que me interessa.
Esse código moral interno que desenvolvemos é que pode nos gerar uma culpa equivocada que nos corrói por dentro. E isso é bem negativo. Pois se partimos da premissa de que, devido a nossa formação social, temos internalizado que toda culpa gera uma punição (não sou eu que digo isso, mas sim o Freud), então se contrariamos nosso código interno, iremos, nós mesmos nos punir.
E é devido a isso, a auto-punição, que tanta gente se sabota por aí... se mete em uma situação óbvia de infelicidade, faz com que seu próprio sucesso seja impedido... isso em matéria de relacionamentos e afetividade é bem evidente...as vezes as pessoas se metem em relacionamentos absolutamente precários por que fizeram algo anteriormente que lhes gerou culpa, portanto se punem, proporcionando a si mesmos a infelicidade.
A verdade é que a culpa, e como resultado dela a auto-punição, podem destruir um futuro feliz, podem destruir a própria vida de um ser humano.
Penso que o maior desafio que temos, é justamente combater que esse processo se complete em nossas vidas... claro que falo aqui do campo subjetivo, e não do campo jurídico que dei como exemplo anteriormente.
Mas a pergunta é...como evitamos isso, a culpa, a auto-punição, a auto-sabotagem?
Não tenho essa resposta por completo, mas penso que o primeiro passo é saber que isso ocorre conosco... tentar enxergar que estamos culpados porque descumprimos nosso código moral... e depois, penso que é importante também, refletir sobre este código, quanto mais rígido ele for, mais tradicional, mais intolerante, mais sofreremos e nos auto-puniremos, é preciso pensar bem, estruturar bem aquilo que queremos ser, mas entender que a vida não é linear e que devemos ter diretrizes de como agir sim...porque isso significa ter caráter... mas quando fugimos ou deslizamos, é preciso aprender as vezes a relativizar, reestruturar nossos conceitos e quando não for possível, é preciso que aprendamos a perdoar a nós mesmos... às vezes mais do que perdoar aos outros.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Relacionamentos




Acho que as vezes nós não nos damos conta da energia que se gasta pela manutenção natural da vida... levantar-se de manhã, comer, tomar banho, ir de um lugar ao outro, se relacionar com as pessoas... tudo isso exige esforço, e mais do que esforço, penso que exige motivação. É preciso ter razões para viver, mesmo que seja para operar no mínimo... quem não sabe disse, ou é porque sempre teve motivações intensas na vida, ou porque, sendo ignorância uma espécie relativa de felicidade, está muito bem condicionado e adaptado àquilo que o cerca.
Mas o fato é que não é fácil, e o maior desafio da manutenção natural da vida humana é sem dúvida alguma relacionar-se com os outros. Pessoas são símbolos de nosso céu e inferno... e muitas vezes o mesmo indivíduo que amamos, odiamos também... a mesma pessoa que nos admira, nos despreza, ou as vezes pior ainda, nos inveja... o mesmo ser que nos leva a um mundo dourado, nos envolve em um cenário pesaroso.
A vida realmente não é linear... e lidar com as pessoas nos traz motivações profundas, porém as vezes imprime em nós uma imobilidade, uma falta de querer agir, justamente porque é difícil, e a dificuldade, assim como pode ser desafiadora, pode também ser opressora... e aí, cada hora, respondemos a isso de uma maneira...
Penso que é conviver com outros seres humanos é matar um leão por dia... pois ao enxergar o outro, nos obrigamos, a enxergar a nós mesmos, e talvez essa equação, realmente seja a mais difícil...
A maior parte das pessoas chega até a metade do caminho... transformando todos os seus problemas em equívocos externos... e excluindo a si mesmo da responsabilidade por suas escolhas... tipo...minha família não me entende... o motorista do outro carro é que faz merda no transito... o professor que é carrasco... o meu patrão que exige muito de mim...
Falas como estas são muito comuns... e digo que a maioria das pessoas para no meio do caminho, exatamente por isso, porque chegam a perceber que não é fácil relacionar-se, mas não percebem que a dificuldade está principalmente em enxergar a si mesmo... quando um problema acontece e que nele estamos envolvidos, pode ser sempre um sinal de que há algo errado conosco, e para não enfrentarmos isso, é comum que se coloque a culpa no outro... mas isso é parar a reflexão no meio...não que o outro nunca tenha culpa, as vezes tem... as vezes partimos para as relações fazendo a nossa parte, e outro dá uma mancada monstro, e acaba com tudo, mas este caso é na verdade, exceção, quase sempre o que ocorre é a culpa conjunta.
Sempre temos a escolha... se alguém não nos entende, poderíamos ter explicado melhor no começo, antes de criar um profundo abismo, se alguém começa a nos dar sinal de que não tem simpatia conosco, poderíamos nos esforçar mais naquele caso, são tantas as possibilidades de concerto, de inversão de lógicas negativas para lógicas positivas... mas é difícil optar por elas, e quando vemos o estrago tá feito...simplesmente porque no final, quando a coisa já se estragou, não nos resta mais motivação...
Mas ainda assim, quando não há mais motivação para fazer uma relação dar certo... nos resta escolha... a escolha de parar, de mudar tudo, de sair das relações que já não queremos mais... e se nos faltar a motivação de concertar o estrago, e ainda assim, nos faltar motivação para mudar a vida... a nossa a esperança de sermos felizes já se foi... e quando a esperança se vai...
então não nos restará mais nada!!!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

As paixões!!!

A verdade é que não sabemos ficar longe daquilo que amamos...
Aquilo que nos mobiliza a alma de uma forma ou de outra sempre estará presente em nós,
e confesso que ultimamente eu estava bem desanimada... 
depois de um ano de muito energia gasta, com muitas disputas e vitórias, 
admito que tive um período em que me senti deveras cansada...
Uma espécie de negação...mas que felizmente não durou muito tempo, 
apenas o tempo ideal para recarregar as energias 
e voltar para umas das coisas que mais amo fazer na vida: política!!
Eu sabia que voltaria... eis que minha motivação volta ao normal...
adrenalina em alta e disposição... minha intuição diz que esse será um bom ano...
Vamos à luta companheiros!!!!

Complexo de Electra as avessas...

Eu já desconheço aquele outrora conhecido,
E já não há mais idealizações que possam resistir ao exame da realidade,
E há quem tente confundir os meus olhos...
Transformando a pobreza naturalmente humana em uma nobreza imaginária...
Há quem queira transformar-me naquilo que não sou...
Aquilo que não pretendo ser...
Não quero reparar danos causados pelos outros,
Não desejo ser extensão do narcisismo alheio...
A perfeição que me queres atribuir, eu rejeito, à entrego de volta a ti...
Corrija seus próprios erros,
Tenha sua própria fé em si mesmo,
E se queres a perfeição,
Então tente ser perfeito...
Não sou seu espelho, reflexo cristalino da tua loucura...
Sou apenas o que os meus recursos internos permitem,
E serei apenas a mulher real que desejo ser.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Recomeço


E a semana recomeça... depois de um fim de semana completo, com descanso, com churras na casa da família alheia, igreja, cinema, bar, e muitos episódios das novas séries que estou acompanhando (que aliás recomendo: Fringe e Supernatural)... voltemos então à realidade...
Quanto a segunda-feira e as semanas, imagino que devam existir vários estudos...
esse sistema nosso de contagem do tempo...  vinte e quatro horas e recomeça, sete dias e recomeça, 30 ou 31 dias e recomeça, 365 dias e recomeça...é interessante. O bom é que nos dá sempre a sensação de que tudo pode ser diferente, melhor, quando se inicia uma nova contagem...
Que bom... a semana passada foi hard... adaptando-se a um novo emprego (na verdade o primeiro), digerindo novos contextos que a vida trás, confusões afetivas, entre muitas outras coisas que não pretendo publicar, mas a verdade é que hoje eu acordei com isso, sensação de recomeço, vontade de colocar a vida em dia, de seguir em frente mais e melhor... portanto, viva as contagens humanas do tempo... as sensações que isso me traz...
E viva essa nova segunda-feira... hoje.
Bjos a todos.


sábado, 22 de janeiro de 2011

Madrugadas...

Ah que se ter cautela com as noites...
Os dias são quase óbvios...
Pois as solidões, à luz do Sol, se diluem...
Os ânimos se expressam como desejamos que eles pareçam...
As companhias naturalmente se dão...
Mas, ah que se ter cautela com as noites...
Na escuridão, os equilibrios relativos se abalam...
Tristezas e alegrias suspeitas
Fazem-se presentes repentinamente...
Ah que se ter cautela e cuidado...
Para viver...durante as madrugadas...
É à noite que acabamos por enfrentar a nós mesmos...
Pois, quase sempre...
Somos nós o maior suspeito que se revela nas horas sombrias...
É somente a noite que os estados em que nos encontramos
Tornam-se inevitáveis...
Aquele que não quer estar só...
Sente que já é tarde para estar em companhia,
Aquele que quer somente a si mesmo... já não pode,
No silêncio e perigo da madrugada, apartar-se do outro...
É no escuro que descobrimos segredos...
Que enfrentamos as nossas almas dizendo coisas estranhas,
Que nos surpreendemos com os nossos desejos...
É a noite que enxergamos os sonhos...
E os sonhos são falas da alma...
Os pesadelos, são açoites...
As insonias rancores...
Ah que se ter cautela com as noites...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

As vezes o silêncio é palavra....

Esses dias que se passaram foram difíceis, e creio por isso, o silêncio...
Difíceis em todos os sentidos, profissional, afetivo, familiar, físico...
tudo bem conturbado... postei aqui a parte do estar desempregado...não estou mais...
mas estou longe de estar realizada profissionalmente... portanto se era ruim entrar para classe trabalhadora já estando desempregada... melhorei um pouco,
agora tenho um emprego temporário de meio período... mas que está longe do que sonhei...
e essa coisas de estar se aproximando a colação de grau tá pegando, tô bem tensa...
imagina só, a UEM foi, acho, que uma das principais coisas que compôs a minha personalidade nos últimos cinco anos... toda vez que alguém me perguntava o que eu fazia da vida, eu nem pensava pra responder: "faço Direito na UEM!", respondia eu....
Obviamente não fiz só isso durante cinco anos, ainda bem, mas sinto como se parte de mim estivesse sendo arrancada... é acho que a gente faz festa, ritual de passagem, pra esconder a dor... mas mudar sempre dói... crescer dói...deixa marcas, as estrias que o digam...kkk
Bem, se no início tinha prometido que não seria diário das minhas emoções, mais uma vez descumpri o que disse...
Na verdade será...de uma forma ou de outra, será sempre auto-biográfico o que escrevo, apenas seleciono... não escrevi nos últimos dias, porque ou escreveria coisas referentes a defeitos ou fraquezas que quero esconder, ou ficava em silêncio, optei, obviamente, porque não quero fazer suicídio social através da internet, por ficar em silêncio!!!!!!!!
Mas é bom verbalizar de novo...
Bjos a todos e até o dia em que eu tenha algo não tão difícil de dizer para dizer...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

INOCENTANDO CAPITU

Assim, algo o impediu de amá-la, não que por ela amor não tivesse,
seu dolorido empecilho residia em outra gaveta de sua alma,
ele fora incapaz de crer em si mesmo,
e em conseqüência, fora incapaz de crer nela,
não porque para ele, ela parecesse realmente mentirosa ou algo assim,
desconfiava dela no momento em que desconfiara da sua própria autenticidade.
Ele era assim, demasiadamente montado, como um teatro para receber seu público, porém ao se esvaziar, logo se desmonta e volta a ser galpão vazio,
ainda que com certo glamour, mas vazio,
cheio de poeira, de silêncio, de ausência...
e assim era, gostava de seus cenários e sentia-se convincente quando preparado para espetáculos,
porém, o que lhe intrigava era que ela já havia ultrapassado seu pequeno palco
e já começara a perceber seu vazio, sua poeira,
então aí se alojara sua desconfiança,
como ela poderia amá-lo sendo ele tão ilegítimo quanto aquilo que apresentara ser?
Sendo assim, a saída que pode enxergar, concluir,
foi que o amor dela só poderia ser falso,
e que aquela dissimulação discreta presente naqueles belos olhos,
aqueles ares de menina leviana tinham mais raízes do que pudera antes imaginar....
e foi assim que seu pavor de ser enganado,
seu pavor de ser vítima de um veneno encoberto de doçura,
da mulher que desejara com tudo quanto podia desejar,
se fez verdade, mas não como pensava,
fora vítima de seu próprio veneno, o veneno de seu ciúme,
de sua falta de amor por si...
pois ao desconfiar dela, a agredia,
e não pode amá-la pelo medo de não ser amado por ela....
sua frieza, seu desdém a jogou para longe e tornou seus pesadelos em verdades,
ainda que antes não tivessem sido.
Sua falta de si mesmo,
sua exacerbada desconfiança sobre aquilo que realmente era, a mataram,
para que então o sofrimento temido não fosse mais caracterizado pelo medo,
deixasse de ser temor e passasse a ser apenas sofrimento
e a ausência que ele achava tão presente em si,
o vazio que desconfiava ser, agora era, era vazio pleno, era ausência dela!



terça-feira, 11 de janeiro de 2011




Ao pensar o amor...
Minha alma pede sutilezas...
Complexidades ditas às vezes em silêncio...
Bem longe das músicas sertanejas...
Emocionar-se com absurdos...
Mobilizar-se em absoluto...
Entregar-se a lógicas absurdas...
Corre-se um risco tão grande de errar...
Trair-se a si mesmo com intuito de fidelidade...
Ninguém sabe ao certo a medida de amar...
A medida de amar-se a si mesmo...
A medida de amar ao outro...
O desejo é quase um desejo de invasão à alma alheia...
E uma invasão do outro a sua alma...
Uma invasão em um labirinto sem mapa...
Um consentimento ilógico,
Porém, delicioso e pleno...



A melancolia do dia...

Não quero fazer o meu Blog de diário pessoal... já havia prometido isso por aqui, mas acho que hoje vou abrir relativamente uma excessão...
tô com uma sensação estranha... melancolia é a palavra... pois tenho percebido que não é uma tarefa fácil ser um adulto da classe média pra baixo... na verdade, é muito difícil... e terminar a faculdade é um divisor de águas.
Imediantamente você passa a cumprir um outro papel na sociedade, e apesar de ter tido cinco anos para que eu me preparasse para isso, não me sinto pronta para enfrentar a vida totalmente, aquele ditado bem batido serve: " quando vc termina a facul, passa de orgulho nacional para problema social"... porém, muita gente bem mais nova que eu enfrenta coisas muito mais difíceis do que procurar emprego, enfrentar a prova da OAB, a cobrança interna e externa que há...
tem gente que admiro muito que convive comigo que tem filho, e isso é uma luta diária, tem uma galera que tá enfrentando relacionamentos pra vida toda, casando ou morando junto, eu admiro também, porque isso também é um grande desafio...
Eu ainda, feliz ou infelizmente, não cheguei a uma fase avançada dessas... mas mesmo assim sinto-me estranha, como se estivesse saindo da casca, tendo que enfrentar uma nova realidade completamente diferente...pensa só, desde que me entendo por gente, tenho em média três meses de férias por ano, nunca tive outro tipo de férias que não tenham sido férias escolares, é novo fazer parte da classe trabalhadora legitimamente, e assusta. Mas assusta mais ainda, fazer parte da classe trabalhadora e já começar desempregada!!! kkk...
E aí me vem uma melancolia, vem dentro de uma reflexão que a vida é uma luta que nunca para, não dá trela, acabei de acabar um quinto ano de Direito muito pesado... que a gente tinha trocentas matérias, entre elas uma infinidade de práticas e ainda uma monografia pra fazer... sem falar nas mil e uma campanhas eleitorais que participei e gastei muita energia com todas elas em 2010...e diante de todas essas lutas, em boa parte do tempo a gente tá super pronto pra enfrentar, pra lutar, fazer diferença, pra matar uma meia dúzia de leões por dia... mas as vezes cansa, e mesmo com a gente bem cansado, a vida não espera, e as lutas se acumulam...
Janeiro é um mês que parece recomeço, que dá a impressão que tudo se renova, mas desconfio deste conceito, na verdade tenho um monte de coisas de 2010 pra resolver ainda, e parece que eu saí de 2010, mas 2010 não saíu de mim...
Talvez alguns rituais de passagem, para além da minha viagenzinha pra praia, dos espumantes e fogos, sejam necessários...
Tantas coisas à resolver... a sensação é borboleta saindo da casca...
Bem... se alguém, por um acaso perder o tempo para ler este post, de antemão, já peço desculpas... porque tá muito chato... mas é o que tem pra hoje... eu precisava dizer... e na verdade se você leu, leu por que quis, porque talvez vc também esteja meio perdido, meio melancólico, ou talvez esteja aí tirando o maior sarro da minha cara... é justo também...
Bjos a todos...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Brasil, um país de contradições mesmo!!!

É sábido e notório que o Brasil é o país das contradições... fundamentalmente as contradições sociais. Uma vez fui em Salvador na Bahia e de um lado tinham casas maravilhosas de quatro andares e do outro, assim vizinhos, havia a favela. Como lá, de forma mais sutil ou não, as contradições sociais imperam pelo Brasil a fora... como dizia a música de um grupo musical muito estranho da minha adolescência, "As meninas", "quem é rico cada vez fica mais rico e quem é pobre, cada vez fica mais pobre"...
Porém este discurso que me presto a fazer aqui, apesar de ser verdadeiro, beira quase o senso comum, por que até quem nem imagina o que seja consciência social, o faz, bem parecido com o que escrevo aqui. E portanto, não é disso que pretendo falar.
Venho através deste Post relatar outro fato que demonstra as contradições no Brasil... um fato assim não tão comentado...
Todos sabem que pela primeira vez elegemos uma mulher presidente da República, o que independente das convicções ideológico-partidárias, este fato representa um marco na emancipação das mulheres no Brasil... pois uma mulher ocupa o cargo eletivo de maior importância na política brasileira!!!! Ótimo, isso é mesmo resultado de muita luta, da luta de muitas mulheres que deram sua vida para que outras mulheres pudessem construir um futuro diferente.... muito bom...
Porém eis a contradição... diante de tudo isso, um momento histórico para as mulheres e para o Brasil, eis que o nosso querido vice-presidente da República leva sua jovem e bela esposa junto com ele na posse de Dilma... até aí está tudo bem... o fato de ela ser jovem não significa machismo, muito menos o fato de ela ser bonita... mas eis que ela usa uma linda trança de lado em seus longos cabelos loiros, e quando as pessoas reparam melhor nela de costas, visualizam a grande contradição: enquanto a primeira mulher presidente do Brasil assume o seu posto, a então primeira dama tem uma tatuagem em seu pescoço com o nome de seu marido - Michel Temer...
Um fato mesmo contraditório... gravar em seu corpo uma marca com o nome de um homem não me parece um ato de amor, mas uma atitude de submissão profunda, uma declaração de posse...
Quanto ironia... enquanto uma mulher torna-se presidente da república, a primeira dama e muitas outras mulheres em todo o Brasil deixam-se submeter.
Eis o Brasil....um país de contradições mesmo... é pra Temer ou não????
Ninguém merece!!!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Divagações de Amanda....

Tenho feito algumas reflexões sobre escrever em público, apesar de achar que meu blog é quase um anônimo. Mesmo sendo um quase anônimo que pode nunca ser visitado, está disponível ao público, ainda que todos os públicos o rejeitem. Portanto, escrever em público é algo que guarda alguns desafios. O primeiro de escrever algo que interesse a alguém e que não esteja escrito em todos os lugares - é por isso que não pretendo fazer um blog de notícias - porque as notícias mais relevantes são publicadas por todos -  e caso eu quisesse publicar notícias ou reportagens em primeira mão eu teria que ser uma repórter ou alguém muito interessada em fazer isso, o que definitivamente eu não sou. Outro desafio quanto a publicação de idéias é a questão do limite da exposição que se quer...pois não quero e não devo trasformar um espaço público em um diário que me exponha ou exponha aqueles que fazem parte do meu círculo de afetos. Claro que a exposição e discução de idéias é bem vinda, mas a exposição de fatos da vida prefiro não realizar. Portanto, se não quero dar notícias do cotidiano e não pretendo escrever um diário público, me resta as divagações, as realizações de metalinguagens como este post que vos escrevo, ou, assim que me der coragem e inspiração...poemas!!!!
Beijos e até amanhã..........

*Acho que amanhã vou escrever sobre o tédio do ócio em uma pseudo-férias de alguém meio perdida que acabou de terminar a facul e ainda não conseguiu um emprego...kkk

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Minhas motivações

Há muito tempo tenho uma imensa vontade de ter um Blog. Porém, preciso confessar aqui que possuo uma barreira imensa para com a tecnologia... os botões não me obedecem e eu nunca acho o que geralmente é absolutamente óbvio na tela. No entanto, é enfrentando as dificuldades que as superamos, por isso, eis-me aqui. Não pretendo tratar nenhum assunto específico neste espaço. Tenho diversas áreas de interesse. Desde o Direito, curso de graduação que acabo de finalizar, passando pela política devido as minhas identificações ideológicas (porém com senso crítico), a pesquisa acadêmica que tanto gosto, a religiosidade, até mesmo a culinária e a moda.... Portanto, este blog se propõe a ser eclético, assim como eu... ou então meio perdido... Contudo, espero que os meus raros leitores, gostem... e quanto ao visual do blog, acho que aos poucos e com a ajuda de alguns amigos, vou melhorando...Bjos e até amanhã!!!