segunda-feira, 10 de abril de 2017

O segredo da loucura


10, 11, 12 e 13 eram os números das plataformas 
Que sustentavam sua despedida em concreto.
Dava "até breve" a sua melhor vertigem,
A cidade que mesmo gigante era seu canto quente,
Explicava e exemplifica sua origem,
Em várias cores em tons pastéis,
E no vermelho vibrante de sua estrela.
Coração cheio, agradecia o empréstimo 
Que fizera a religião que não era a sua. 
Aquele quase ateísmo radical
Sustentado por uma fé elaborada numa alma imoral.
Olhos brilhavam, 
Descansava nos esclarecimentos lúcidos 
De um sacerdote que explicava o segredo da loucura.
E se reiventava na sacralidade pagã 
Das amizades idiossincráticas.

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