O mês de abril não deveria se chamar assim, deveria se chamar saudade. Os dias começam a ter temperaturas mais baixas, o Sol brilha e o céu fica com um azul vibrante. As noites são frias, as comidas e as bebidas quentes tomam o seu lugar. Em abril já não estamos mais no início do ano... o que tinha que começar já começou. O verão dá lugar ao outono melancólico e poético.
Tenho memórias intensas de coisas que acontecerem neste mês em vários períodos da minha vida. Na adolescência e início da juventude, essa época estávamos sempre envolvidos com os congressos estudantis... na qual viajávamos quilômetros para discutir política e encontrar pessoas queridas ou pessoas que faziam nosso coração pulsar, revivendo um anacronismo delicioso da mistura do amor com a política juvenil.
Foi em abril de 2010 que assumi a liderança da juventude do PT no Paraná, num encontro intenso que me deixou saudade e gerou paixão. Em 2012, neste mesmo mês, me mudei para São Paulo. Em 2013, passei abril inteiro, conhecendo paisagens na Bahia. Foi em abril que iniciei as aulas do mestrado e no ano passado ingressei na última etapa da Escola Superior da Polícia Civil.
Neste ano, foi neste mês que fiz um dos mergulhos subjetivos mais profundos, percebendo coisas do meu passado e iniciando novos projetos para o futuro, descontruindo padrões que pareciam intransponíveis. Tive um mês interessante, que por mais dolorido que tenha sido, me deixará saudade quanto a intensidade das coisas. Não é sempre que a vida tem sabores tão relevantes, costuma ser sempre em abril.
Nenhum comentário:
Postar um comentário