terça-feira, 25 de abril de 2017

Acne em poesia


Um cenário de guerra, pós guerra, pós batalha... 
Vermes comiam a energia criativa 
Que em sua direção tosca se tornara em nada. 
A mistura da vida parasita 
Com os resquícios dos soldados de uma batalha estéril, 
Inflamavam, erupções por toda parte.
Erupções que ilustravam a dialética do não... 
O mesmo "não" que poderia salvar o todo da guerra, 
Despedaçava as células em cada etapa da luta.
Como resultado: a deformação de uma harmonia óbvia 
Que era perdida a cada dia, 
Acumulando cicatrizes como uma menos pior companhia.
Algo estava errado, e se estampava na vitrine do existir... 
Como um alerta inquestionável.
Metáfora que gerava metáfora, 
trazendo a concreto o que não se pôde transcender. 
E assim o corpo pagava um preço alto 
Diante da incompletude do ser!

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