Este blog anda uma fraude... tipo, estou escrevendo a cada cinco dias e olhe lá. Mas é assim mesmo, as vezes a gente escreve milhões, mais de um post por dia, outras vezes a gente fica meio calado. Meio que medindo as palavras, até pensa em escrever várias coisas, mas acaba desistindo. Mas acho que sei porque ando meio calada... essa semana que passou, mais de uma vez tive longas conversas com meu pai. Falamos muito sobre a minha avó. Meu pai me contou histórias da vida dela que eu ainda não conhecia. Ilustrações de uma personalidade imensa, difícil e admirável. Ela realizava coisas impensáveis para uma mulher que nasceu no início do século passado. E, apesar dos pesares, tive o privilégio de viver com ela os últimos anos de sua vida... ela pode ir na minha formatura e ver pelo menos uma neta se formar numa profissão que ela conhecia. A gente costumava conversar de muitas coisas, sobre os amores do passado dela, suas aventuras, gastronomia, casa e até política... ela cozinhava bem... uma comida saborosa, consistente, e obrigava a gente a comer milhões... acho que por isso que tenho estes estranhos hábitos. E quando já não mais podia cozinhar, procurava através de sua voz firme e olhar amedrontador, controlar o que estava sendo feito. Eu e meu pai vimos fotos dela, trocamos momentos que vivemos com ela. Elaboração do luto, colocando tijolo por tijolo... faz quatro meses que ela se foi. E ainda dói. Choramos juntos... de saudade... de admiração... rimos juntos, de saudade, de admiração.
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