Eu quase sempre me divido
Entre ter meia alma e ter uma alma e meia
Eu me confundo em entender o profundo
E desejar o vazio...
E me despeço de mim, com pesar,
Ao ver meu retrato num livro cujo tema é a liberdade,
E vou possuindo menos aquela sensação juvenil de tudo poder
E acho que por isso vou podendo menos
E tantas contradições quase sempre congelam minhas ações
Que antes vinham como um desprendimento
Cheio de segurança e autoridade
Então, as minhas sublimações vão ficando mais ricas
Porque as ações ficaram mais pobres
E vou tendo assim a impressão de que não há escolha sobre quem ser
E que sou apenas o que se pode ser,
Sendo quem sou...
Este poema é meu, de 2009... não sei se já o publiquei por aqui no blog, mas vale a pena... momento deprê háa mais de dois anos atrás... e até hoje ele não tem um título.
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