"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quemnão encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói o seuamor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente quem se transformaem escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem nãomuda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quemnão conhece. Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru. Morrelentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e ospontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente asque resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeçose sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz,quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não sepermite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. Morrelentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuvaincessante. Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lheindagam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, recordandosempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato derespirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágioesplêndido de felicidade."Pablo Neruda
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Morre lentamente
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