quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Saberes de loucura


Quem se atreveria a uma contraposição poética 
Capaz de anular os trâmites do eu? 
Só o fluir nos resgataria 
Da inconsistência absurda 
Dos pequenos rumores periféricos do agora. 
Histórias... memórias... 
Tempos idólatras e nós também! 
Muito mais além. 
E logo na próxima esquina... 
Espectros. Sinais. 
Outros temores, rumores demais. 
Tudo ruía... 
Os desabamentos das impressões nítidas, 
Das expressões implícitas, 
Das compreensões tácitas, 
Das rotinas da vida estática. 
Nada, nada mais. 
Sabores cítricos,  
Saberes críticos,
Inclinações investigativas 
Penetravam antigas prerrogativas 
Há muito perdidas 
Mas esquecidas jamais. 
A confusão imposta,
Respiração gritante, 
Face rubra exposta, 
Fantasias irreais. 
A espera vazia, a noite caía... 
A Lua alta, o vento forte... 
Gente que ficava para trás!
Que azar, que sorte. 
O que não parecia, 
Era vida,
Mas sempre um pouco mais de morte.

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