Totalidade circunscrita,
Interesses sistemáticos,
Conhecidas e infindáveis perguntas!
Eu!
Onde estavam em mim as lacunas que proporcionaram conexões tão viscerais?
Analisar o outro era sempre uma tentação sem pudores.
Analisar a si mesmo um caminho amedrontador.
Objeto, sujeito, arquétipo!
Freud, Adler, Jung!
Libido, poder, introversões e extroversões.
Amor, ego, construções histórico-sociais.
Os efeitos provenientes de si próprio,
As histórias repetidas ciclicamente durante toda a vida,
Guardando sempre inéditos requintes de deslumbramentos.
Efeitos incontroláveis de fundo psíquico.
Indagações aparentemente casuais.
Contínua atuação recíproca sobre o outro em molduras acanhadas,
Generalizações sempre precipitadas a um aspecto único.
Tudo e nada.
Ocasião de assumirem identidades individuais.
Teorias sempre e indevidamente atualizadas.
Agrupamento gradual de fragmentos.
O tempo, o tempo, o tempo.
De cujo evoluir não é possível escapar,
De cujas palavras se pode engasgar.
Participações místicas,
Monstros de cabeças infinitas capazes de reduzir o pensar.
Em não se tratar de objeções justas ou injustas,
As portas da fantasia,
Com capacidade relativa de sublimação,
Evocava-se então a função reguladora dos contrários.
Pois a saber que a plenitude da vida tinha normas e não as tinha,
Sendo racional e irracional.
Pensava, puxava os fios condutores,
Escrevia e temia perder o controle.
Ilustração de Tanya Shatseva (disponível no Instagram)
Muito bom! Eu...
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