quinta-feira, 30 de junho de 2011

Dia Frio

"Enquanto o dia se fecha, esfria e chora na capital...
Minha interiorana alma se faz leve, quente  e sorri."

terça-feira, 28 de junho de 2011

Metalinguagem

Tá quase na hora de eu entrar dar aula... já tô na escola. Mas antes não resisti e resolvi fazer uma visitinha no meu blog e escrever qualquer coisa... e como comecei o post refletindo sobre escrever no blog, vou falar sobre isso... metalinguagem. Talvez iniciar um post fazendo metalinguagem e ainda escrever sobre metalinguagem, seja a metalinguagem da metalinguagem, kkkkkkkkkkkkk!!! Para os desinformados, este termo foi inaugurado no Brasil através do escritor Machado de Assis que ao escrever sua maravilhosa obra, conversava com o leitor falando da própria obra... acho muito legal isso, e acho que quando falta assunto, nada melhor do que fazer metalinguagem, admitindo que se está sem assunto, e dissertando sobre isso... o fato de estar sem assunto.
E já que não tenho assunto, e tenho que subir neste instante para dar minha aula... termino este post aqui, que não disse nada com nada... e foi apenas para matar a minha compulsão por escrever e, pra variar, expor minha vida e maluquices na internet!!!!
Beijos a todos (e como boa petista que sou) e todas!!!!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Encontro...



Sinto a leveza e a sutileza do novo,
Com a sofisticação e inspiração do que é belo,
Misturado com autenticidade e sinceridade de povo,
Sinto uma força, um laço, um calor em pleno inverno,
Na superfície um mergulho fundo em poucos instantes,
Uma surpresa, um despretensioso descaminho,
De diálogos silenciosos, olhares falantes,
Regado a boa música, boa companhia e sabor de vinho.

domingo, 26 de junho de 2011

Propriedade

Ai que frio... ontem estava calor, um tempo bom... de dia Sol quente, a noite aquele friozinho agradável pra dormir... mas eis que hoje quando acordo, o dia não estava sorrindo. Ao contrário, o dia estava chorando...cinza e chuvoso, estava triste. E neste momento o frio impera... mal tenho ânimo pra escrever, porque pra isso minhas mãos tem que ficar pra fora da coberta. 
Mas mesmo com este frio, mesmo com todo o volume de coisas que fiz no feriado (que não foi sinônimo de descanso), mesmo com um dia no qual o clima não sorriu... tenho motivos para rir.
Sou intensa, quando estou triste, quem costuma acompanhar o blog, vê que coloco um monte de posts negativos... poemas depressivos (tem parente e amigo que me liga pra consolar - o que quero registrar que é uma perda de tempo, porque a escrita no blog é um momento e não necessariamente e quase nunca um estado de espírito permanente - isso é, não se preocupe, um post negativo, não significa que vou me matar)... contudo, já que costumo expressar e explorar tanto o tema tristeza, nesta fase, quero explorar o tema alegria.
Quero dizer que gosto muito da vida... sei que parece ser esta uma constatação óbvia, porém gosto da vida de uma forma muito especial... sou grata pela vida...tenho a compreensão que cada respirar é milagre, cada sorriso então, uma dádiva...e por isso... cada vez mais cultivo a difícil filosofia de vida de que nada é meu. Todos os dias tento avançar neste sentido, para que o desprendimento tome conta de mim. Isso não significa não dar valor ao que está em minha posse, ou as relações das quais faço parte com outras pessoas... justamente ao contrário. Entender, que na vida nada é meu, porque a qualquer momento me pode ser retirado, significa valorizar muito, mas sem perder a dimensão de honra e dádiva...    saber que não tenho a propriedade de ninguém, me faz sempre cultivar as relações em sua intensidade e sem julgamento e lembrar que é uma honra habitar a alma do outro, alma esta que nunca será minha, porque não deve ser.
Estamos condicionados a entender tudo como propriedade, porque esta é a nossa formação, nascemos muito depois dessa invenção maldita... e a trouxemos para uma dimensão muito maior do que apenas a econômica, o sentimento de propriedade, no geral, atinge todas as nossas relações, com as coisas e com as pessoas... e penso que para irmos construindo um mundo diferente, é necessário a desconstrução deste conceito de propriedade na nossa subjetividade (lembrando que isso não é uma defesa extrema de relacionamentos abertos ou nenhum outro tipo de pós-modernidade, que na minha opinião apenas coisifica ainda mais as relações humanas).
Contudo, cultivar isso, essa filosofia de que nada e nem ninguém é meu, me traz uma sensação positiva, de não acomodação, um desconforto importante, cheio de intensidade, isso de forma tamanha,  que toma conta de mim... e me faz melhor!

sábado, 25 de junho de 2011

EU

No geral sou uma pessoa tranquila.... da paz. Não sou de comprar briga besta, mas gosto das coisas no lugar onde elas devem estar. Preocupo-me com os outros e com os problemas da humanidade.... fundamentalmente a pequena parcela da humanidade que está mais próxima de mim. Portanto, acredito que  há um lado de mim um tanto altruísta, militante, que dá credibilidade a humanidade e é capaz de mover várias coisas pelo outro. Costuma procurar compreender as razões alheias, os motivos dos outros...e ainda que eu não aceite algumas coisas, tento entender e as vezes até justificar. Meu limite é grande, minha tolerância também....
Porém, da mesma maneira que mora em mim uma pessoa equilibrada e feliz, capaz de amar e se deixar amar... mora em mim um ser egocêntrico e egoísta... que não tem a ilusão que é o centro do Universo, mas no mínimo sonha em ser o centro do Universo. E para isso, para contemplar este ser que mora em mim, costumo criar alguns espaços. Um bom exemplo disso é este Blog... um espaço nada democrático, que existe apenas para eu ser feliz e mais nada. Aqui tenho apenas o intuito de contemplar a mim... não gosto de ninguém me dando sugestões sobre o que fazer no Blog e nem nada parecido... isso não é uma democracia... é um espaço totalitário e útil apenas para mim. Quem quiser dar sugestão, faça um, é bem fácil, pois até eu que sou o cúmulo da ignorância em tecnologia digital, consegui fazer, certeza que você também consegue. 
Mas voltando ao assunto principal, meu ego... há outros espaços que costumo criar para me contemplar, por exemplo.... faço terapia há uns bons anos e não pretendo deixar de fazer tão cedo. Tem gente que acha que fazer terapia e conversar com a vizinha é a mesma coisa... e confesso que quando alguém me fala isso, nutro um certo desprezo preconceituoso para com essa pessoa... é muita ignorância. Primeiro, porque isso não é verdade, a vizinha não estudou para ser psicóloga ou psicanalista...portanto ela não saberá tratar nada, vai jogar conversa fora, e se você se abrir com ela, ela pode até atrapalhar, e fazer de você pior do que já está.... segundo, que se a vizinha se propor a ouvir os seus problemas, você vai ter que ouvir os dela também...e ainda fazer cara de que está interessado... mas enfim, fazer psicanálise é ótimo...  é um momento que uma pessoa que estudou as técnicas das resoluções dos problemas subjetivos, para tudo e coloca os seus problemas como o centro do Universo... com certeza este é um momento delicioso.
Mas enfim, já que este é um espaço meu, como eu havia dissertado antes, quero aqui aproveitar meu espaço para manifestar algumas indignações. E como sempre, vou falar de subjetividades. Detesto formas de amar senso comum. Odeio quando alguém que levou um fora meu diz que eu sou amor da vida, mas que na verdade quer me ver feliz... acho isso uma tremenda hipocrisia... porque ninguém realmente quer isso. Quando alguém ama alguém, deseja estar junto, ser feliz junto e ponto...quando deixar de estar e o sentimento passa (porque passa....todo mundo se recupera de qualquer amor), você deixa de desejar qualquer coisa àquela pessoa, porque torna-se indiferente ao outro... por isso essa de "quero que você seja feliz, mesmo que sem mim..."é uma coisa horrorosa.
Outra coisa horrorosa neste campo é o tal de exclusão do outro das redes sociais... meu Deus, que absurdo... tem uma idade até que isso pode ser tolerado... tipo assim, na infância e na adolescência. O cidadão vem e diz que quer ver você feliz, mesmo que sem ele... aí você, que está feliz sem ele, do jeitinho que ele disse desejar, passa a demonstrar isso através de textos, fotos, vídeos e outras coisas nas redes sociais (que aliás, meu egocentrismo adora, e tem a nítida impressão que meus perfis nas redes são extensões da minha personalidade e dos meus humores)... Aí o cara te vê feliz e advinha o que ele hipocritamente faz? Te exclui das redes, que agora concentra-se no facebook... porque na verdade, o desejo que ele diz ter por sua felicidade é uma grande mentira... o que ele queria é só, e somente só, que você estivesse lamentando a falta dele, assim como ele lamenta a sua.
Mas quero dizer que o ser egoísta que mora em mim, não tem a menor paciência para gente parada no tempo, e com espírito sentimental retirado de novela mexicana... e qualquer acusação de ser inconstante... justifico e retifico sem culpa. Se sou inconstante? Com certeza... sou inconstante porque a vida é inconstante e não linear...sou deliciosamente inconstante e sabe o porquê? Por que eis aí a minha juventude... a minha vontade de sacudir o mundo... juventude esta que não pretendo perder nunca... porque significa vida, significa não acomodação... e significa entender e saber que o mundo é grande e não se resume há um quadrado...e que as pessoas são muitas e que eu adoro isso!!!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

Trabalho

Há pouco voltei da escola que dou aula... tem sido uma experiência incrível... amo a política e hoje este é meu trabalho oficial... mas em paralelo, dou aulas em um curso técnico. Ambos os trabalhos me causam paixão. Acho que isso se dá em primeiro lugar, devido ao fato de que neles recebo o resultado imediato... não há alienação do trabalho, aquela alienação tão dissertada por Marx. Nas aulas, me preparo, e vou até meus alunos, e quando saio, através dos diálogos que estabeleço, sei que eles aprenderam... tenho um método que não termino a aula sem lhes fazer algumas perguntas quanto ao conteúdo dado, e se não houver respostas condizentes com a matéria, mudo a forma de explicação até que eles possam devolver, tendo aprendido o conteúdo dado. 
Feito isso, ao longo do tempo, vou percebendo que as pessoas crescem, aprendem, se soltam, experimentam novas sensações, novos conhecimentos que antes não lhes era familiar... acho realizador, transformador, revolucionário o fato de poder estar na sala de aula. 
E então, faço um paralelo com a política... tenho momentos que desanimo...porém, ultimamente tenho visto alguns resultados... gente despertando para a luta... tem funcionado como uma corrente incrível, parece que quanto mais conseguimos construir, nos organizar, mais gente aparece, tenho visto pessoas incríveis despertarem para a luta, batalharem para darem o seu melhor... gente que estuda para fazer fala, que se prepara para ser líder, gente que deixa, as vezes, de ir para uma diversão comum, pra militar... por que se diverte construindo um mundo melhor.
Também aí não há alienação do trabalho, a construção da luta política nos mostra resultados... muitas vezes não porque revoluciona o que está fora, aquilo que é concreto... mas porque tenho visto a militância transformar corações, mudar a vida de pessoas para melhor.
Isso só faz com que eu me lembre... que sou uma pessoa privilegiada... amo fazer os trabalhos que eu faço... mas amo mesmo, ver transformações. "Por que amar e mudar as coisas...me interessa muito mais..."

É preciso motivação

Semana que tem feriado prolongado, ao invés de a gente trabalhar menos, a gente trabalha nos três dias que sobram o que trabalharíamos nos cinco...tudo acumula, e pra mim tá tudo muito louco, corrido, sem contar que tem o quarto Encontro regional da JPT aqui em Maringá neste sábado, então, o trabalho é dobrado mesmo...  uma loucura. 
Mas uma loucura boa, uma sensação de que a vida anda, que desafios novos vão substituindo frustrações ou acomodações antigas. Meu terapeuta diz, que para se ter um equilíbrio relativo, uma sanidade mínima necessária, é preciso que tenhamos várias colunas que nos componham, e essas colunas nos são dadas pela vida no nosso processo de formação até a adolescência. Aí fiquei pensando... e descobri que todas as minhas tendências, minhas colunas mais fundamentais, tiveram sua origem bem cedo...
meu primeiro despertar para a política foi aos nove anos quando vi na TV uma propaganda partidária de um partido de esquerda e amei...falava em mudar o mundo, em transformação... então perguntei ao meu pai o que aquilo significava, se era realmente algo positivo, ele disse que sim...pegou a bíblia e me contou a história da igreja primitiva, fundada pelo apóstolo Paulo e outros discípulos de Jesus... e disse que aquilo nada mais era, do que uma organização socialista. Resultado, me apaixonei pela esquerda e quando tive o mínimo de idade, comecei a participar... duas colunas aí ficam claras... a política e a fé pro-ativa... acreditar em um Deus que quer que saiamos da acomodação... então as coisas se juntam... por ter fé em Deus, posso acreditar na humanidade, e por acreditar na humanidade e enxergar as transformações que muitas vezes parecem milagrosas, ainda que pequenas, creio na misericórdia do meu Deus...
E aí... se há colunas que nos sustentam subjetivamente para fazer as coisas, podemos estar sobrecarregados o quanto for... encaramos os desafios, perdoamos as pessoas, perdoamos a nos mesmos quando erramos, temos coragem e vontade de seguir em frente... claro que isso não é uma pregação... há muitos formatos de colunas de sustentação... inclusive as minhas não são apenas estas...não poderia deixar de citar minha família, o gosto pelo estudo, a capacidade de amar e ser amada que me foi dada inicialmente pela família cheia de defeitos que tenho, mas que amo imensuravelmente... 
Mas o fato, é que para se ter energia e coragem, é preciso motivação subjetiva, e especialmente hoje,  me sinto há mil... ando cheia de motivações... e consequentemente, de energia positiva!!!!

sábado, 18 de junho de 2011

Vou pro Samba...


Há mais de quinze dias não passava um dia sem trabalhar...  hoje, finalmente, esse dia aconteceu. Como é bom o ócio... passei um dia familiar. Fui ao mercado, a costureira, almocei e jantei em casa... assisti novela, filmes românticos pela metade, fiquei no youtube procurando vídeos interessantes, tomei um banho mega longo, contemplei o dia lindo que estava, visitei o face alheio...enfim, nada fiz que tivesse alguma utilidade... mas como é bom!!! Sei que o que falo é óbvio... mas o ócio, o exercício do não exercício é uma delícia, e útil para alma, justamente por não ter utilidade alguma. E para completar meu dia lindo, minha paz de espírito, e sensação de alegria, vou pro samba, sambar até cansar... porque dançar é isso, é brincadeira, e brincar é a falta de utilidade útil à alma... dançar é mexer o corpo por nada, simplesmente para ser feliz... parecido com fazer amor... não há porquê, simplesmente é bom...simplesmente é!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

SERENIDADE

Qualquer um que acompanha o Blog, ou me conhece pessoalmente, sabe que gosto de escrever... amo... e não escrevo pra agradar as pessoas, mas por que este ato compõe minha identidade...assim como outras coisas, como a política, minha família, minha casa, minha fé, meus amigos e por aí vai... 
Na escrita gosto de tratar fundamentalmente de temas intimistas...que dissertem sobre a subjetividade, as coisas da alma... e nesse meio tempo, acabo criando muitas teses, falo muitas coisas, com um tom, que para muitos parece uma convicção, porém, nem sempre é. Discuto aqui, neste espaço meu... idéias, muitas vezes, descomprometidas com o futuro ou com o passado... falo do presente, volta e meia de um presente muito efêmero, outras vezes de um presente um pouco mais duradouro. Podendo ser tanto um desabafo, que ao terminar de escrever passa, como também algo que está sendo amadurecido em mim, durando mais tempo que apenas uma sensação fugaz.
Hoje, neste início de madrugada, quero falar de algo que gosto... Serenidade. Cada dia mais percebo como este é um elemento fundamental para vida... porém difícil de conquistar. Todos os dias, procuro buscar serenidade, porque, apesar de não parecer, gosto de estar em Paz... não uma paz que tenha um sentido de vida pacata, mas uma paz de espírito, que mesmo que eu não tenha um minuto pra respirar no dia... posso tê-la. Mesmo tendo mil e uma tarefas, estou fazendo o que amo fazer, o que considero ser o mais correto... Mas para sentir paz, é preciso cultivar serenidade... e para ter serenidade...penso que devemos entender o nosso tamanho em meio este Universo imensurável... compreender que aquilo que não nos cabe resolver...realmente não devemos tentar resolver, é preciso descansar... na sabedoria popular isso pode ser traduzido como "o que não tem remédio, remediado está"... 
As pessoas sofrem de ansiedade, que considero ser o contrário de serenidade, não porque tem a auto-estima baixa, ou se sentem pequenas demais, mas ao contrário, sofrem porque se consideram maiores do que são... pensam que podem resolver sozinhas o que não podem... aquilo que não nos cabe, apenas não nos cabe... claro que não estou defendendo uma postura de comodismo (até porque, está aí, uma característica que não me compõe em aspecto algum, nem na vida profissional e nem na afetiva), acho que devemos fazer sempre o máximo que pudermos... contudo, precisamos aceitar nossos limites, entender que a vida não é linear e descansar...
E aí, só pra dar sentido a introdução que eu havia feito, sobre escrever, e parecer convicta, mas na verdade não ser... falo de serenidade não porque me considero serena, tendo chegado em algum lugar relevante neste sentido e me sentindo apta a ensinar alguém...mas porque talvez seja exatamente pra mim que escrevo... preciso buscar exatamente essa serenidade que defendo... ando por aí ansiosa, querendo fazer mais do que posso, querendo garantir o que não sou eu que garanto... e esquecendo que cada dia da vida é dádiva... 
E pra finalizar, quero citar o melhor texto que existe sobre o tema, que ao lê-lo ou ouví-lo, a primeira palavra que me vem é justamente "serenidade", mas que tenho que avançar muito para alcançar, é a música "Tocando em Frente" de Almir Sater, aí vai:


Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte,
Mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco sei,
Ou nada sei
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia,
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua historia
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua historia
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz



terça-feira, 14 de junho de 2011

Receitas Complexas

Por onde eu haveria de recomeçar...
Se não, justamente pelo começo?
Já não pretendo mais as receitas complexas,
E nem mesmo os emaranhados sem fim.
Quero o sabor das frutas maduras,
Quero poder ser o melhor de mim.

sábado, 11 de junho de 2011

Teorias...



Pra variar... venho através deste Blog expor idéias sobre relacionamentos... que acredito ser este tema o meu predileto (competindo apenas com a política, porém, a política vivo e respiro todos os dias, e as coisas costumam dar mais certo pra mim, portanto tenho menos disposição de escrever).Mas vamos as minhas teorias...
Penso que as chances de qualquer relacionamento dar certo, ainda que haja as condições mais favoráveis, são pequenas, porque em se tratando de projeto coletivo, mesmo que este coletivo seja apenas de dois, as coisas são difíceis e exigem de nós muita disposição, entre outras coisas. Porém, a maioria dos relacionamentos nascem de condições fadadas ao fracasso. Explico... a cobrança, as dependências emocionais e as angústias individuais são questões que ao longo do tempo tendem a aparecer em qualquer relação... e aí começam inúmeras dificuldades, no entanto, isso é normal....mas o problema realmente sério é quando a relação começa nessas bases, tem como pauta inicial algo que não seja apenas o amor, há casos em que a cobrança e a castração ao outro iniciam-se no mesmo momento que a relação se inicia... o sentimento de propriedade pelo outro é um bom exemplo disso... "se o outro é meu, então passo a ter exigências quanto aquilo que é minha propriedade", tal questão muitas vezes é pano de fundo de muitos relacionamentos que se iniciam. Não estou aqui defendendo relacionamento aberto ou qualquer formato pós-moderno... o que coloco é que bases erradas constroem relações fadadas ao fracasso...e não necessariamente o fracasso no sentido do fim da relação, mas fracasso da infelicidade a dois... que pode até ser duradoura.
Penso que um dos segredos para atingir alguma sabedoria na vida é entender que nada é nosso... não há propriedade, tudo pode nos ser tirado a qualquer momento, porque nada temos...inclusive alguém que amamos, pode nos faltar por N motivos, pela morte, pelas circunstâncias,pela incompatibilidade e por aí vai. Cultivar a consciência de que o outro não é nosso, pode até não resolver todos os nossos problemas relacionais, pode até não aplacar dor alguma... mas ajuda a viver em paz!!!!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Vingança

















Estou sempre numa alegria ou num sofrimento profundo... ou mergulhada em algum outro sentimento absolutamente intenso, paixão, adrenalina, empolgação, depressão e por aí vai. É fato que as vezes sou tomada por vontades vingativas, de causar no outro o sofrimento que me causou. Volta e meia fico elaborando horas a vingança e claro, no fim, quando a minha dor passa, desisto. Porém, em alguns momentos ao causar o sofrimento alheio, quem causa já paga o preço. Não é simples magoar alguém, muitos sentimentos acompanham isso, o sentimento de culpa geralmente é o primeiro, mas há outros... o sentimento de impotência, de incompetência, de fraude... e isso faz mal pra quem causa o sofrimento. Geralmente, aquele que é capaz de magoar o outro está muito mais doente do que o ser magoado...quem bate, bate porque lhe falta os pés na realidade, falta-lhe a noção real do que é importante na vida...quem apanha, simplesmente apanha, e quando recupera-se, recuperado está, no máximo leva consigo alguns medos na próxima vez. Em síntese, o que quero dizer com isso é que não me vingo, mesmo tendo esta vontade, porque a vingança já está feita... quem me magoa é mais doente que eu, quem me machuca está condenado a uma vida fora do real, a uma vida medíocre, portanto, a vingança já está feita. Ilustra bem a minha mágoa a música do Vinícius de Moraes que segue:

Eu caio de bossa
Eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa
Xingando em nagô
Você que ouve e não fala
Você que olha e não vê
Eu vou lhe dar uma pala
Você vai ter que aprender
A tonga da mironga do kabuletê
Eu caio de bossa
Eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa
Xingando em nagô
Você que lê e não sabe
Você que reza e não crê
Você que entra e não cabe
Você vai ter que viver
Na tonga da mironga do kabuletê
Você que fuma e não traga
E que não paga pra ver
Vou lhe rogar uma praga
Eu vou é mandar você
Pra tonga da mironga do kabuletê...

terça-feira, 7 de junho de 2011

Disciplina

Disciplina é mesmo algo importante na vida... mas para tê-la, tenho sempre que lutar contra minha própria natureza... sou indisciplinada com quase tudo, deixo sempre pra última hora as resoluções, e aí as coisas sempre se acumulam pra mim... aí chega no fim, tenho um monte de coisas prioritárias a serem resolvidas em tempo recorde... é triste, sempre tenho a ilusão de que os fins de semana servirão pra colocar a vida em ordem. E advinha o que realmente acontece? Nada. Passo meus dias livres totalmente livre, vegetando na frente da TV procurando filmes diferentes e pela metade na TV a cabo (porque tenho preguiça até de passar na locadora) que sejam possíveis de entender mesmo pegando no meio...geralmente comédias românticas absolutamente previsíveis... e adoro todos e choro em todos... muito bom.
Mas voltando a questão da disciplina, hoje consegui... comecei preparar aula antes do tempo limite e advinhem...a aula ficou bem elaborada... é a vida, mas detesto quando o óbvio tem razão e as minhas teorias da não linearidade da vida não se fazem verdadeiras!!!