Daqui tudo parecia tão longe...
Os olhos não viam mais o que lhes eram antes sua imagem principal.
A imagem que se desdobrara em tantos aspectos, nunca mais primordial.
Hoje sem luz, sem eco!
Os dias se passaram como séculos e séculos,
Confirmando a relatividade ou talvez até mesmo a inexistência do tempo.
Negando tudo o que antes fora traduzido como o critério de bom senso.
E o lastro do caminho percorrido, a poeira do que já havia ido,
Era tudo que restara.
A densidade virou nada. A intensidade dissipada. A eternidade calada...
Cada palavra, negada. Cada narrativa, mentira. A velha terra, arrasada.
Instala uma nova era...
Foi-se o tempo, o mundo gira e logo chega uma nova primavera. Pensava ela...
Espera, espera... talvez reste alguma saudade... alguma meia verdade...
A poesia...? Que mesmo na memória atravessada pela espada envenenada e forte,
Talvez com algum norte nos visite... nos lance alguma sorte.
A arte? O estandarte transcendente. Tão crente. Mas no fundo, o retrato da morte.
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