A espiritualidade, a paixão e a arte pareceram compor a força motora que a fizera entrar por um estranho portal. Uma fenda do Universo que aparentemente não mudara nenhum dos elementos concretos dos lugares comuns pelos quais transitava... e como eram comuns os mesmos lugares! Mas sua familiaridade com os mistérios e as relações místicas traziam elementos de que algo paradoxalmente sutil e avassalador havia se transformado. Pensava diferente, agia diferente e sentia tudo acentuadamente diferente. Talvez uma mudança objetiva em seu sistema límbico, talvez uma obra mística com requintes carnais... ou talvez as duas explicações fossem válidas e no fundo, a mesma coisa. Mas o fato é que a alegria como poesia aplicava-se com uma fruição profunda em seu espírito, corpo e alma. Vivia uma mudança paradigmática quanto a sua noção de si mesma e das coisas mais simples a sua volta. Como se tivesse passado alguns anos com parte de suas percepções mais finas adormecida. No entanto, ao seu despertar, na retomada destas funções de características oníricas, não acordara exatamente a mesma. Reconhecia-se, mas com seus encantos potencializados, lapidados... o amor por si, o amor pelo outro e por outros tantos e o amor por toda a beleza que transbordava em abundância e graça lhe permitiam quase tocar os mistérios da essência da vida.
Que registto lindo Amanda! Renovador.
ResponderExcluirEste comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirEste comentário foi removido por um administrador do blog.
ExcluirInspirador
ResponderExcluir