Às margens da hesitação, partilhavam entusiamos. De cada arte praticada, cuja finalidade pautava somente o alimentar da vida, encontravam-se comicamente deslumbrados com o sucesso de uma pequena parte da conquista. Em meio a rusticidade dos machismos em desconstrução, trocaram sensibilidades e códigos de acesso pertencentes ao mesmo reino das subjetividades. E compartilhavam uma experiência de abrasadora dispersão. Sensações quase sagradas, risos, só que não... Mesmo que toda experiência sensual nos coloque em face ao outro... causando um certo abandono necessário aos delírios dos corpos e dos desejos, guardava-se uma certa essência de imortalidade. Mas não sem perceber os receios dos próprios demônios, fosse porque lhes resistiriam, ou fosse porque se entregariam a eles. No entanto, as alucinações do medo eram quase tão absurdas como as da esperança... E estas últimas, conheciam bem... Guardavam-na. Afinal, o desfecho que parecia tão próximo poderia não ser necessariamente imediato... Já que o ser humano é um amontoado de humores nem sempre previsíveis. Os diálogos? Vagas expressões, as vezes demasiado banais... Mas não era deles, os assuntos ditos e falados, o protagonismo da história... Anos de olhares embevecidos de significações perturbadoras. Olhares subitamente iluminados carregados de expressões apreciadoras... Estes, sim, tinham muito a dizer!
Só o profundo e perturbador olhar...mas é os corpos e os toques...e as alvissareiras e desejáveis sussurantes palavras...
ResponderExcluirO olhar perturba e a alimenta a alma de desejos.
Michel Adriano
Obrigada, Michel!!!
ExcluirUia!! Que bacana! 😘
ResponderExcluirValeu, Guto!!
Excluirfazendo viver o que se adormece! <3
ResponderExcluirValeu, Rê!!! Bjos.
ExcluirMuito bom !!
ResponderExcluirObrigada, Paola!
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