domingo, 6 de novembro de 2016

Não mais esquecer...


Ao reviver descubro os códigos que a memória apagou,
Chaves de um paraíso seguido de uma dor proporcional.
E mais uma vez ficou tudo em mim, o nó na garganta,
A derrota traduzida numa frieza infernal.
A sensação de que somente eu estava lá,
Um delírio único, unilateral, 
Uma poesia exacerbada, beirando a insensatez,
Um sonho alimentado com migalhas sutis de um outro que não estava ali,
De uma realidade inventada, 
Só existente no reino do "se"...
Mas não foi a primeira vez, 
A solidão marca uma década que foi embora,
E a memória cria a armadilha para dizer que o delírio era real.
A conclusão é que... 
Nunca existiu eu e você...
E desta vez, apesar das sensações doces que minha alma não quer calar,
Eu me calo e decido apenas que não quero mais esquecer!

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