Era uma verdade que a sua vida estava repleta de melancolismos e incômodos... mal saia de um conjunto de questionamentos, enfiava-se em outros tantos novos, porém anacrônicos, dentro de um eterno reciclar de filosofias simplórias. Vendo assim, pelos prismas comuns dos cotidianos materializados em bençãos e maldições combinadas paradigmaticamente... aquela existência parecia um tanto entediante. Todavia, não era! O tédio aparente que lhe estava impresso parecia enorme, somente porque, tudo lhe era gigante. O que evidenciava justamente a ausência total de tédio. Bastava um dia melancólico, e pronto, já coloria sua vida de tons pastéis como se houvesse ali uma rotina dolorosa. Não que mentisse para si, mas sua intensidade a confundia os sentimentos e teorias a ponto de por vezes, diante de seus espasmos, rotular a vida com base nas últimas 24 horas.
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