Restaura em mim a poesia, Senhor,
Para que a indelicadeza do mundo
Não fira a minha alma com a morte.
Para que a minha vida não se torne
Mais uma sobrevida qualquer,
A mercê do azar ou da sorte.
Restaura em mim a poesia, Senhor,
Afasta de mim, ó Deus, o pragmatismo vazio,
O labirinto da razão.
Dá-me novamente a simplicidade,
A percepção infantil da beleza,
A minha outrora insustentável leveza.
Guarda-me à desatenção.
Guia-me de novo pelo caminho do perder-se por amor,
Restaura em mim a poesia, ó Senhor.
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