domingo, 19 de janeiro de 2014

Eternidade


É agora e ainda não.
A morte inaugura a eternidade,
Encerrando sua verdade,
Referindo uma paixão.
Então como ser...
Como se pode conhecer em parte?
Como se pode saber...
Até onde sou eu pensando, até onde é Você?
Como discernir minhas alucinações
De tuas diversas vozes.
Como ouvir Tua mensagem
Em meio tantas falas atrozes,
Que insanas se referem a ti?
Acho que o teu falar está
Na esperança dos aflitos,
Na poesia, na leveza dos errantes,
No levantar contra a opressão.
Justamente nos delírios,
No grito alucinante,
Na beleza dos lírios.
Na loucura de Tua razão.
És essa estranha eternidade,
Que mesmo eterno, é novidade,
Sendo três é unidade,
Tu és o agora e o ainda não.







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