Esses dias no facebook vi uma frase engraçada que me remeteu a certas reflexões. A frase dizia que ser popular no facebook é igual ser milionário no jogo banco imobiliário. Isto é, uma mentira. Aí fiquei pensando em como o mundo é mesmo cheio de artificialidades.
Nunca fui milionária no banco imobiliário porque na infância eu jogava esse jogo com a minha irmã, que sempre ganhava de mim, e ela sim, ficava rica e eu acabava tendo que hipotecar minhas propriedades.
Mas no facebook, realmente tenho mais de três mil contatos... e se fosse por isso, eu realmente poderia me considerar uma pessoa muito popular. Mas o fato é que não sou. Na realidade, em matéria de popularidade, sempre fiquei da média para baixo. Eu me lembro de ter tido dificuldades de adaptação nos primeiros anos da escola. Dialogava bem com professores, mas com os colegas, tinha só um amigo ou outro, mas nunca fui o centro das atenções. Nunca tive habilidades esplendidas. Comecei a conhecer mais gente, quando aos quatorze anos entrei para a política estudantil. No grêmio eu até era respeitada, mas nunca popular, porque na realidade, não havia muita gente que se interessava pela política estudantil. Na faculdade a mesma coisa. Tinha a minha galera, mas nunca fui de estar no centro das questões que todos realmente se interessavam (tipo atlética, jogos jurídicos). E a verdade é que minha personalidade nunca me permitiu vocação para isso. A política, minha paixão até hoje, não é bem um tema que garanta unanimidade. Nunca fui a feia da turma, mas também jamais fui ou sou a mais bonita... uma imagem o suficiente tragável para garantir a convivência e o respeito e não ser motivo de notoriedade, nem positiva, nem negativa.
Mas, feita essa narração da minha vida e meios sociais... fico pensando, se esse lance de ser o centro das atenções é real para alguém. Acho até que há momentos que estamos em alta, mas acho que em síntese, nunca alguém se sente realmente acompanhado, amado, querido por muitos e por muito tempo. No fundo acho que popularidade, riqueza, notoriedade ou qualquer destas coisas que dêem a impressão de que há seres humanos diferenciados é algo falso. E em qualquer ambiente da vida, não só no banco imobiliário ou no facebook.
E não é de verdade pelo simples fato de isso tudo não ser importante. Explico. Não é importante porque tudo o que envolve multidões de afetos e admirações, não diz respeito ao que somos de verdade, mas a idealizações, a imagens que colam na gente e não são verdadeiras. O que importa mesmo são as relações próximas, o amor de verdade, o lugar de paz e aconchego nos braços de quem se ama... o amigo querido que se preocupa realmente com o que acontece nas nossas vidas... o pai que liga pra ver se você está comendo direito, aquela pessoa querida que faz uma prece por você. O resto nunca existiu e não existe de verdade.
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