segunda-feira, 4 de julho de 2011

Poucas palavras


Minha vaidade,
Tá mal alimentada:
Contrariada...

Sensação estranha,
Um coração mimado:
Mal acostumado...

Ego gigante,
Meu olhar falante:
Calado!!!

Humanização....



Daqui a pouco vou sair pra dar aula. Dou aula de Organização e e Ética... uma experiência bem legal na qual estou aprendendo horrores e ainda podendo ensinar uma série de coisas que aprendi na prática política. Hoje, o tema da aula é Motivação... um tema que adoro, porque vivo refletindo sobre isso. Inclusive já escrevi post aqui no blog que falava deste assunto. Acho que na vida, quase tudo é uma questão de motivação... sou capaz de fazer coisas que as vezes duvido, desde que eu esteja motivada... o ser humano em geral é capaz de coisas fantásticas quando tem motivação. O interessante, é que eu, ao estudar este tema de forma científica, apenas confirmei minha teoria, de que quanto mais humanizados somos... quanto melhores as condições que vivemos, mais subjetivas são nossas necessidades e motivações. Isso é óbvio, sim... mas tem gente que não entende... acha, por exemplo, que alimentação não devia ser prioridade de Governo...tem uma turma que até hoje fala mal de programa social como Bolsa Família... achando que gente que não tem suas necessidades mais básicas saciadas como a de comer, consegue sair procurando emprego... só é possível ter motivação subjetiva, quando a necessidade mais objetiva é suprida... só é possível ser mais humanizado, quando o básico está suprido.

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Autenticidade


Segunda-feira... esse é um dia simbólico. Marca o começo da semana... pra mim então, especialmente hoje, é um dia importante. Não tenho nada de muito diferente pra fazer, a tarde vou trabalhar com a política, a noite vou dar aula e de manhã, fui na terapia... tudo normal, quase uma rotina. Mas sabe o que é diferente? Eu... por dentro. Ultimamente tenho dito coisas, feito coisas que morria de medo, morro ainda. Sempre quis dominar todas as situações... sempre procuro, de uma forma ou de outra, ter o controle. E o fato é que nos últimos tempos, resolvi experimentar não ter. Resolvi que vou apenas sentir e não esconder isso... e o melhor, descobri hoje na terapia que isso é absolutamente saudável. A vida é tão ditada pelo super-ego... que manda a gente desde criança sempre controlar nossos impulsos... sempre parecer aquele que não sente, não se envolve... e acho que de maneira inconsciente, acabei internalizando isso... e procurando viver apenas relações "seguras", nas quais eu estivesse confortável... só me entregava quando tinha certeza que o outro tinha se entregado primeiro. Que horror!!! Não quero isso, quero viver leve, não quero ter o controle, porque na verdade não se pode ter...  o máximo que pode acontecer é um não... e o não a gente sempre já tem, o lance, o desafio é ir em busca do sim... mas o fato é que não há o que perder. Não há o que perder porque o saldo é sempre positivo... não estou indo em busca de felicidade no outro, acho isso muito doentio... já sou feliz (guardadas as as devidas dimensões de altos e baixos),  me sinto inteira... não estou procurando minha metade... apenas acho que existe alguém que realmente me interessa, e que pode ser bom, e por isso não vou fingir que não está acontecendo nada!!!

domingo, 3 de julho de 2011

Haicai III


Uma distância,
Coração com saudade...
Vontade!!!!

Pós-modernidade


Faz um tempo que tenho observado algo... várias pessoas que lêem meus textos longos não estão muito aí pro conteúdo... lêem, e ficam apenas com a sensação que passo... já vi de tudo. Gente que discutiu comigo em um determinado dia, aí venho, escrevo um texto ácido sobre determinado tema que não tem nada a ver com o assunto ou com a pessoa, e o cidadão acha que é devido a situação do dia... as vezes até tem relação, mas não direta... o que ocorre comigo, influencia meu humor, mas não necessariamente, estou escrevendo para a pessoa, ou para determinada situação... mas acho engraçado as interpretações.
Na verdade, sou assim também, quando leio um texto rapidamente, fico com uma sensação, e não com o conteúdo todo. Aí fiquei pensando o porque disso... acho que é culpa dessa tal pós-modernidade. A pós-modernidade, segundo quem estuda isso, é marcada pelas sensações rápidas, pela descontinuidade, pelas teses específicas, pela interpretação apressada. Não sou defensora de que a modernidade está esgotada... afinal, se eu acreditasse nisso, não era petista, defensora de grandes projetos nacionais, de construir para mudar o todo... acho e espero que teorias e lutas gerais ainda sejam pauta. Mas que em nosso comportamento a pós-modernidade é uma realidade, isso, é... Por exemplo, cada vez menos, as pessoas tem paciência e condição de interpretar poemas longos, bem elaborados... isso virou cult, coisa de quem mexe e gosta muito, mas no dia-a-dia, não acho que seja algo comum. Tanto é verdade, que em matéria de poemas, fui consultar as visitas ao blog, e descobri uma coisa engraçada... quando faço brincadeiras poéticas curtas, tipo tentativas de haicais, todo mundo lê... é curto, diz pouco, mas passa de forma suficiente a sensação. Acho que as pessoas procuram isso... tudo rápido, sensações que imediatamente contemplem e não exijam muita interpretação... tem suas vantagens e desvantagens... eu que tenho a alma velha desde criancinha, as vezes me incomodo com um mundo tão veloz e objetivo... mas tem um lado meu que gosta... 

Rir de si mesmo...


De vez em quando canso do que escrevo, falo, discurso, discuto... toda vez que começo me levar muito a sério, é hora de cansar. Acho que uma das coisas mais medíocres que alguém pode fazer é isso, se levar muito a sério... e volta e meia, cometo esse erro. Levando muito a sério a vida, as coisas que faço, as idéias que discuto. Eu, eu e eu... to cansada... precisando rir um pouco da minha seriedade, do meu politicamente correto e incorreto que quase sempre, ambos levo a sério. Hora de voltar, retomar o meu melhor estado, a capacidade de rir de mim mesma...