Das armadilhas da memória, nenhuma.
Entre distancias,
proximidades deliciosamente inacabadas
Pautavam a infinita repetição
Do gosto mais inédito da vida,
Que se materializava, na devida circunstância,
Bela, intensa e infinita.
E por isso,
O medo foi vagarosamente substituído
O medo foi vagarosamente substituído
Pelos encantos do perigo.
Naqueles instantes
De duração acentuada
Passaram-se bem mais do que minutos...
Entre gestos, diálogos e fluidos.
Em um cenário de elementos
Estéticos, clichês e poéticos
Ele era o reflexo dela
Que refletia ele
Que contemplava ela
Que admirava ele...
No labirinto de espelhos
Feito por suas identidades
Complexas, curvas e convexas,
Suas almas pretensiosas,
Personalidades nada contidas,
Eram elegantemente afetadas
Pela reciprocidade de seus afetos.
No entanto,
Devido um grande lapso temporal,
Entre os hipnóticos encantamentos
Por motivos de juízos e desvarios,
Entre copos cheios e vazios...
Consolidava-se a necessária raridade
Daquele delicioso e peculiar acontecimento.
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