Ele morava entre o ser e o não ser... num ponto em que sempre o pertenceria, mas que ela não tinha certeza se este lugar realmente existia. Entre um tempo que não passa, e que nunca veio. Ou talvez fosse mesmo apenas um meio, um ínterim. Um espaço de encontro consigo mesma, uma memória viva, sua, mas externa a si... um exercício de amor próprio através dos olhos e alma alheios, talvez essa fosse a mais honesta definição de amor. Lisonjeiro. Entre vícios e virtudes, entre a paixão e a vaidade, entre a sedução e a verdade, do vulgar ao transcendente... ele simplesmente, continuava lá.
sábado, 11 de julho de 2015
quarta-feira, 1 de julho de 2015
Vínculos avessos e o dado de um mundo adoecido
Acho curioso como as pessoas são capazes de construir vínculos imaginários ou virtuais, isso para o bem e para o mal (no geral para o mal). Tenho visto posturas estranhas neste sentido. Pessoas que desenvolvem certa obsessão sem nunca terem tido uma história de verdade com a outra. Uma adoração, direta ou inversa (refletida em ódio) por alguém que não deseja se relacionar. Nas últimas semanas acompanhei três casos curiosos.
O primeiro de uma amiga que está sendo perseguida por um fake no facebook, que a injuria e a difama sem motivos. A pessoa não se identifica e pela fala, podemos imaginar quem seja. Mas me espanta a baixeza que alguém pode chegar criando um e-mail, depois um fake e após isso escreve um discurso que destila ódio contra alguém que não está nem aí com a existência deste indivíduo.
O outro caso que observei é a respeito de uma outra cidadã, namorada de um amigo meu, que desenvolveu uma certa obsessão por mim, a ponto de tentar se aproximar das maneiras mais esdrúxulas, cujo discurso vai da mais nobre admiração até uma raiva sem motivo. Tive notícias, por fontes seguras, que a menina chora dizendo da imensa vontade que tem de se aproximar, mas todas as vezes que chega perto de mim, destila veneno, tenta me prejudicar, estabelecendo assim uma relação esquizofrênica da qual quero a mais absoluta distância.
O terceiro caso, mais comum, porém não menos irracional, é o de um rapaz que conheci no face, me chamou para sair e se apresentou como sendo a melhor pessoa do mundo, apresentando assim suas melhores intenções de amizade. No entanto, ao perceber a minha não reciprocidade plena (porque no fundo até pensei em dar uma chancezinha pro cara) em dados amorosos e românticos, imediatamente passou a jogar indiretas de ataque no facebook, construindo assim, apenas em seu Universo paralelo uma relação que no máximo dera o primeiro passo a um possível vínculo.
Acho que estes três casos específicos refletem doenças gerais de nosso tempo, e talvez de outros tempos também, que eu não tenha vivido. Talvez isso seja um reflexo da artificialidade que as redes sociais tem proporcionado no que tange as relações humanas. Porque de certa forma vemos as movimentações de várias pessoas que não nos relacionamos de verdade, e para alguns isso acaba por gerar noções distorcidas dos vínculos reais.
Confesso que essas coisas chegam a me preocupar. A capacidade alheia de ao invés de gastar energia para construir relações saudáveis, optam por obsessões unilaterais. Para mim, é um dado de um mundo adoecido. Haja oração!!!
Confesso que essas coisas chegam a me preocupar. A capacidade alheia de ao invés de gastar energia para construir relações saudáveis, optam por obsessões unilaterais. Para mim, é um dado de um mundo adoecido. Haja oração!!!
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