Há muitas formas de violência neste mundo. E todos nós em algum momento da vida já sofremos com isso ou fizemos alguém sofrer. Há formas muito evidentes de ser vítima de alguma violência. A física é a principal delas e se revela de forma muito gritante por aí. Contudo, assim como a pior mentira é aquela que vem escondida junto a noventa e nove por cento de verdade, a pior violência é aquela que chega de maneira sutil em tons que não estamos esperando. As vezes a violência vem em formato de graça, piada, risada... e só percebemos que fomos vítimas depois. Quando as agressões são sutis, elas entram na gente de uma forma muito pior do se fossem explicitas. Quando as percebemos já é tarde, não se pode mais reagir, passou o momento da defesa. E é aí que começa a pior parte. Porque se a gente perde o momento de devolver, colocar pra fora, a dor vira uma ferida. Uma ferida que se a gente não cuidar corrói por dentro, infecciona e fica pior. No fim das contas, muitas vezes, frente a violências sutis, resta-nos a racionalização, o uso das válvulas de escapes metafóricas, os exercícios físicos, as terapias, as conversas com amigos, as crônicas, os poemas.
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