Faz algum tempo que milito na política partidária, o que me permitiu observar os mais diversos comportamentos desenvolvidos pelos seres humanos neste âmbito. Já convivi com pessoas de exímio talento para atuar na área, outras com uma técnica apurada pelo tempo e esforços e com estes, aprendi muito. Contudo, venho observando um lado mais triste disso tudo.
Como em toda área de atuação, na política há pessoas que não possuem a menor afinidade com o que se propõe a fazer. Ultimamente tenho observado alguns medíocres que por sua vontade de ter poder, tentam ascender à política e acabam por transformar este ambiente num cenário ainda mais precário do que já é.
E a forma mais comum de equívocos que tenho observado se chama mediocridade. Minha formação marxista me ensinou que as relações sociais caminham num processo dialético cujos elementos são tese, antítese e síntese, que tendem, se houver energia aplicada nesta direção, à evolução. Este processo, se pensarmos que vivemos numa democracia e não em um momento cuja disputa do poder se dá literalmente nos campos de batalha, tem base nos diálogos e debates políticos. Contudo, o que venho observando é que alguns, devido a sua mente limitada, impedem justamente a ocorrência deste processo evolutivo.
Em alguns cenários políticos tenho visto gente desenvolver fobia para com debates e discussões. Pessoas com uma ausência tão grande de talento para a área (seja no âmbito do falar ou do calar e ouvir) que resolvem tacitamente proibir os debates para não enfrentarem possíveis opiniões divergentes. As motivações para este comportamento em minha opinião, são duas: a primeira já citada, a falta de talento ou apuração técnica para a área; a segunda e ainda mais grave, uma vaidade paupérrima e mal elaborada (o que logo leva o agente a queda, já que neste âmbito a vaidade é sim um dos elementos mais característicos, contudo, a vaidade pobre não é aceita).
Penso que o resultado disso é trágico. Quando um pseudo líder comete determinados atos de impedimento do debate, o resultado é a criação de uma cultura medíocre de "polianismo" reinante. Primeiro os não medíocres se afastam e depois, ficam neste determinado ambiente somente bajuladores do poder, que diante de qualquer ação do suposto líder, batem palmas e distribuem elogios.
O bom é que a história prova que esses cenários não duram para sempre. E que isso forma panelas de pressão, pois falsos líderes ou líderes medíocres colecionam forças de resistência à sua mediocridade, e não demora... as verdades vem à tona.
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