Entre as coisas mais lindas...

Eu... num contentamento louco e frenético... num nível tão alto que escrever anda difícil. A vida anda tão intensa, as vezes maravilhosamente boa, as vezes desesperadora, que não ando articulando bem as palavras, nem com tempo para descrição do que é indescritível. Mas o fato é que nunca vivi desafios tão tensos ... contudo, a vida sempre nos compensa, e confesso, a força daquele olhar está entre as coisas mais lindas que já conheci.

Correria

Ai que saudade que eu estava de escrever... engraçado, um tempo...de tipo, uma semana sem escrever, e parece que um milhão de coisas aconteceram na minha vida... e o mais estranho, parece que não houve registro, porque não veio para o Blog. Mas tudo bem, tem coisas tão lindas que acontecem na vida da gente que não tem palavras mesmo pra explicar, e olha que no geral eu sempre arrumo... o que posso dizer é que meu coração sorri e ponto. E desta vez, resolvi apenas viver e não escrever sobre... as vezes quem analisa demais o que rola, deixa de curtir como deveria o momento maravilhoso em que se vive. Mas claro, estou feliz, porém nem tudo são flores. A militância/trabalho está bombando... eu adoro, mas não está nada fácil... tipo assim, as vezes rodar de uma ponta à outra do Paraná no mesmo dia dirigindo.... osso, mas uma experiência única que só me agrega. Mas em meio a tantas coisas e uma correria imensa, quero aproveitar a oportunidade aqui neste espaço, para pedir desculpa pela ausência, ao meu amigo Felipe Goulart... que não estive presente em sua despedida, à Kelly, que está me ligando e ainda não consegui retornar...a minha mãe que estou morrendo de saudades... e a Sara que mesmo estando em Curitiba ainda não fiz uma visita... amigos, amo vocês e assim que der, entro em contato.

Algo diferente

Um anoitecer sublime...
Um amanhecer que imprime,
Algo diferente no meu coração.

Política

Manhã fria,
Coração quente,
Adrenalina em alta,
Política...
Paixão latente.

Desintoxicação

Largar qualquer coisa que nos faça algum bem a curto prazo, mas a longo nos faça mal, é difícil. Seja isso do campo da objetividade ou da subjetividade. Tipo... parar de fumar é terrível, parece que o corpo grita de desespero... mas aos poucos vai se reorganizando numa lógica sem nicotina, e o fato é que gente sobrevive... perde a satisfação momentânea que o cigarro trazia, mas ganha vida, ganha liberdade, porque na verdade, os vícios são prisão. No campo da afetividade, há questões parecidas, optar por nos afastarmos de alguém que gostamos, mas nos faz mal a médio ou longo prazo, também não é uma questão fácil. Também dá desespero, crise de abstinência, vontade de voltar atrás nas decisões... principalmente, quando a gente entra em contato com o objeto de desejo, ou do vício. O fato, é que tem um período de desintoxicação... seja do cigarro, seja da paixão, que não é fácil, mas que passa... contudo neste tempo, a resistência fica baixa, rola meio que uns lances de tristeza sem motivo, irritação, entre outras coisas. Porém, resistir é preciso, porque depois que o corpo e o coração se reorganizarem, vem a liberdade... e essa eu sei que é preciosa.

Ruborizar...

Sentimentos misturados contradizendo a racionalidade e tudo o que há de sensato em mim...

A parte ruim é o constrangimento de sentir tudo intensamente, de sentir ruborizar em sua frente,

A parte boa... ah essa é boa mesmo... eu sinto tudo, e isso é graça...!!!

Vaidade

Vaidade é um problema. Acho que todo mundo sofre disso em um certo grau... eu, por exemplo, escrevo um texto no blog e fico controlando as estatísticas de quantas pessoas leram meu texto... olha só a doença. Mas o fato é que há muitos tipos de vaidade... contudo, nas pessoas com código de acesso individual mais ou menos parecido com o meu (ia dizer normal, mas acho que não é apropriado), é uma vaidade meio que controlada, que sabe seu limite no sentido de ser social, tipo... se der ela se coloca, se não, guarda sua vontade de ser o umbigo do mundo para si mesma!!! mas tem um tipo de gente, especialmente a galera que nasce no signo de leão (não se coincidência ou não), que não tem nem um pouco essa noção... é um egocentrismo insuportável, que chega a ser ingênuo de tão gritante. Já vi gente com esse tipo de vaidade, levar fora e surtar bruto por que não suporta levar um não... ou ser convencido de um absurdo, só porque teve seu ego inflado por um esperto qualquer... vaidade e mais vaidade... até que não sou contra, mas tem gente que precisa elaborar melhor a sua... vaidade até que passa, mas egocentrismo ingênuo e infantil... aí já é demais.

Esperar

A vida é mesmo engraçada, tem hora que falta tempo, tem hora que o tempo não passa porque a gente tem que ficar esperando... tem momentos que a gente tem um milhão de coisas para fazer, mas depende de uma coisa para destravar e começar fazer fluir todo o resto... e nesta situação estou. Esperando sair uma resposta para encaminhar todo um processo que vai exigir todas as minhas energias... O que fazer? Nada, esperar sair a resposta... torcer... e manter a serenidade!!!

Up na vida!!!

Tem uma quantidade absurda de coisas que precisam mudar na minha vida... e que começou hoje. Dos detalhes mais bobinhos até questões de essência que realmente precisam ser mudadas. É interessante, parece que a gente vai vivendo coisas que vão nos preparando para abrir os olhos, até que uma hora dá o click e a gente acorda e percebe como estava tudo errado. Muita coisa desorganizada, muitos sentimentos desorganizados e com valores invertidos, gastos de energias à toa, investimentos inúteis e que não levam a nada... hábitos ruins, vícios insalubres, posturas engessadas... distancias de coisas importantes, ou essenciais. Enfim, espero que hoje seja um divisor de águas, para dar um up na vida... estou animada, e cheia de uma alegria serena...

Bagunça

Um silêncio toma conta dos meus dedos. Nada vem... nem poemas, nem dissertação sobre determinado assunto, nem expressão de sentimentos... porque não sinto? Ao contrário... porque sinto tudo, cada música que ouço, fala comigo, cada olhar profundo toca minha alma, cada conversa representa algo, cada som ou cheiro me lembra alguma coisa... para escrever de verdade, preciso entender um pouco mais essa bagunça que habita meu coração.

Em casa...

Nossa... como é bom estar em casa. As imagens, os cheiros, os amigos... tudo... parece que o coração da gente se abre quando chega perto daquilo que nos faz ser quem somos... adoro essa casa, meu quarto, as pessoas, cada detalhe que compõe a minha vida nesta terra. Tenho muitos planos para o pouco tempo que ficarei em terra firme. Tipo, sair com meu pai almoçar, rever alguns amigos, ir pro meu samba predileto, ir na igreja, comer a comida de casa, deitar na rede, dormir na minha cama, me arrumar no salão de beleza que gosto... tantas coisas... e ainda trabalhar... acho que o tempo vai ser curto. Mas vou aproveitar cada momento de encontro comigo mesma por aqui. Estou feliz...!!!

As pessoas que moram dentro de mim...

Em meio a uma ligação e outra, uma tarefa e outra, gosto de parar e escrever... nem que seja por nada, só porque algumas coisas na vida me são viscerais... e escrever é uma delas. Interessante que quando dizemos ou escrevemos algo, nem sempre a função está nas palavras... volta e meia começamos diálogos sobre qualquer coisa, não com alguma função presente nas letras ou sons que estão ali, mas com o intuito de estar   conectado ao outro... as palavras são uma ponte, muitas vezes só isso... e acho que o blog é isso também... uma forma de vinculação com dezenas de pessoas por dia... umas mais, outras menos. As vezes sou mais específica, as vezes universal... as vezes egocêntrica ao extremo, outras, super sensível aos problemas da humanidade... e escrever é um bom instrumento para fazer funcionar uma democracia entre todos os seres que moram dentro de mim... volta e meia, um assume a direção e toca em frente, mas sempre tem espaço para todos... ainda bem.

A calma da Guerra

As vezes tem tanta coisa para fazer, que confesso, não sei nem por onde começar... mas depois que começo, rola... é sempre assim, até a engrenagem começar a rodar no ritmo certo vai um tempinho, mas depois que flui, flui mesmo, e acho que o Universo começa a conspirar ao meu favor. Ontem a coisa estava feia, naquela hora que tudo parece que não vai dar certo, já hoje, depois de lembrar que o que não tem remédio, remediado está, e que o não eu já tenho... procurei a minha serenidade que volta e meia guardo em algum lugar e não lembro onde eu coloquei... mas desta vez achei, no geral, acho a minha serenidade nos momentos mais hards, mais corridos, mais loucos da minha vida, aí vem, ela, a serenidade... e cá estou, exatamente nesta situação. Tem um autor que costumo ler Bernard Cornwell... que escreve sobre as guerras e como os guerreiros se comportam, e ele sempre diz, que quando a batalha começa, vem uma calma absoluta... que nos permite raciocinar em meio ao caos... ele chama de "a calma da guerra"... adoro!!!

Operando no mínimo...

É interessante... há dois dias, estava mega inspirada. Hoje já não estou tanto... minhas energias estão meios esgotadas.... e acho que a gripe tá me pegando. Mas isso não é motivo para desânimo... muita coisa para fazer. Acho que as motivações começam a se renovar por inteiro... isso é importante. Porque quando não estou motivada opero apenas no mínimo, faço aquilo que é urgente, inadiável ou fundamental, o que não é nada bom, por que se fazemos o mínimo, o mundo gira o mínimo, se transforma o mínimo... e neste momento, não posso me dar esse luxo.

Dia Branco

O teto é branco,
E olhando pra ele lembro:
Aquele prometido dia branco
Nunca veio...

Companhia

Nas minhas andanças pelo meu pequeno mundo tenho muitos momentos de solidão absoluta. Alguns chegam a doer... o coração aperta e não é nada fácil racionalizar isso e seguir em frente. Contudo, muitas coisas na vida são processos extremamente solitários e não temos consciência disso. Muitas vezes estamos completamente sós ainda que acompanhados. Aliás quase sempre que estamos falando da gente, ou de alguma coisa que nos é importante, e outro está pensando em sua agenda no dia seguinte. Acho que momentos de não solidão são raros... é difícil quem realmente se interesse pelo que estamos dizendo, e que vá além do simples cotidiano. Aliás, meu critério de amizade é exatamente este... meus melhores amigos e amigas conquistaram este status assim... aqueles que realmente se interessaram... se envolveram. Mas de fato, são momentos raros... tem situação da vida da gente que é tão complexa, que não há interesse do outro que alcance a nossa alma. No fim, o problema da vida é refletir... quando pensamos bem... mergulhados em nossas angustias ou alegrias, descobrimos que quase todos os nossos momentos são nossos... e quase todos os momentos do outro, são apenas do outro. Por isso, que apesar de todas as minhas decepções afetivas ao longo da vida (e não foram poucas), aproveito ao máximo momentos de real companhia, tento me lembrar que é sempre honra visitar o jardim da alma do outro, e honra maior ainda, é quando alguém é capaz de ter recursos para enfrentar a floresta sombria que antecede o alcance do jardim da minha alma... as vezes demora muito tempo para que as duas coisas aconteçam ao mesmo tempo... tocar e ser tocado realmente. No geral, quase nunca há encontro... as vezes a gente se encontra com o outro sozinho, as vezes o outro se encontra com a gente sozinho... e muito, muito poucas vezes... duas almas se encontram. Confesso, saudade de viver um momento absoluto de companhia!!!

Liberdade?

Liberdade... na maior parte das vezes que ouço alguém falar neste conceito, associa-o ao dinheiro. Interessante... tipo assim: "quando eu ficar rico, vou poder ter e fazer tudo o que eu quiser". Parece-me estranho isso... e no fundo, me parece muito distante de liberdade, parece mais uma prisão. Óbvio, que neste neste mundo em que vivemos, garantias financeiras é algo bom... mas discordo muito da associação de liberdade com poder aquisitivo... na verdade pensar assim para começar a viver mais me parece uma tortura... Aliás, acho que qualquer postura que atrase alguém a ser feliz, a viver momentos maravilhosos, é prisão. Livre, é quem tem a alma livre, desprendida... não há hora certa que deva estar pautada, condicionada a algo externo a nós. Há quem não se permita amar, porque tem que conquistar uma série de coisas antes... há quem nunca se permita ver o nascer do sol porque irá trabalhar com sono de manhã... há quem esteja tão bem adaptado as instituições, as estruturas impostas, que se esquece de viver. A busca pela estabilidade, para muita gente, antecede a vida. Eu me pergunto, se tantas coisas antecedem a vida, será que um dia, esses que apenas existem, que vegetam, cumprindo apenas sua função de alimentar a Matrix, será que um dia, vão nascer realmente? 

Caderninho!!!

Que bom que apesar da correria, sempre sobra uma brecha para escrever... e como em nem todo lugar tem internet ou dá pra abrir o computador, resolvi, ontem a noite, na minha espera na rodoviária para vir pro Sudoeste, comprar um caderno pra não perder nada que me venha a cabeça que possa ter algum valor artístico ou poético (não que tudo que eu posto aqui tenha, mas é a vida). Gostei... havia muito tempo que eu não sabia o que era escrever textos a mão... E não só por isso, mas também porque, escrever é companhia... assim como outras coisas (tipo, vícios lícitos). Mas escrever é uma companhia saudável, principalmente num caderninho, que não é público, assim posso matar a minha vontade de escrever qualquer asneira em hora de emoção muito hard, e depois, quando eu estiver mais calma, avalio se devo ou não passar para o blog e tornar meus escritos eternamente públicos... acho que essa foi uma atitude sensata. Pois, no geral, ainda que, guardando alguma discrição, acabo abusando do meu direito de expressão aqui no blog... com esse novo método, posso avaliar com mais calma, e jogar menos merda no ventilador... tipo, demonstrar menos as minhas angústias... e sabotar menos as minhas relações afetivas. Acho que é uma grande idéia...

Paixão

Paixão:
Uma tentativa da solidão de se suicidar
No abismo de seus sonhos...

Clássicos e eternos...

Hay que endurecerse pero sin perder la ternura jamás!!!

Tenha uma boa noite

A vida não é linear... há tantos elementos que a compõe, que as vezes não somos capazes de acompanhá-los... no geral somos pequenos, e protestamos frente as questões mais inúteis e óbvias. No fim, quase sempre optamos por aquilo que é o nosso desejo, mas mesmo com a nossa opção, nosso esforço por aquilo que desejamos... tudo pode dar errado, só para provar mais uma vez, que a vida não é linear. No fim, nos resta racionalizar, aceitar, e esperar o próximo capítulo do rol de nossos desejos para ver se da próxima vez, conseguimos convergir desejo e realidade. Não é fácil não... ainda mais para quem sofre de ansiedade. Porém, a parte boa de ser eu, diante dos meus desejos contrariados, é que ao mesmo tempo que sou ansiosa,  exagerada, e as vezes (ou quase sempre) coloco os pés pelas mãos... por outro lado, tamanha intensidade, me permite seguir em frente sem muito espernear... quando a vida fala não, ou dá um indicativo negativo, fico mal, me indigno... mas quando não é não, e fica provado, olho pra situação, depois de esgotar todas a minhas energias, durmo uma noite, descanso, e quando amanhece, sou capaz de recomeçar com serenidade... nem sempre fui assim... nem tão ansiosa, nem tão serena, mas as duas coisas, foi a vida que me ensinou... não deixar de ser eu mesma devido a conjuntura ou devido a postura do outro, se quero, apenas quero, e isso não é vergonha, ao contrário, acho virtude admitir quem sou e o que sinto... e por outro lado, quando não há mesmo remédio para algo, procuro pensar que o que não tem remédio remediado está... então, junto meus cacos, ou o que me resta de forças, e continuo... por que não há muita opção. Resumindo... é fim de noite, e eu precisava escrever... e cá estou, falando um monte de bobagens, talvez sem muito nexo, mas como sempre digo para tranquilizar minha consciência, esse blog não é uma democracia. Mas enfim, se você resolveu ler até o fim, é porque queria saber um pouco mais de mim... e esse papel, o post cumpriu... tenha uma boa noite.

Estabilidade

Nessa vida cheia de lugares diferentes, de correria e sensações boas e más todos os dias, as vezes todas as horas... tenho refletido sobre um tema. Desde criança, ouço falar muito em estabilidade. Meus pais buscaram isso a vida toda e ainda bem, nunca conseguiram direito porque estavam ocupados com coisas melhores. Vi muita gente lutar por isso com todas as suas forças. E acho que por ter cara de menina e militar na juventude... várias pessoas vem me dar conselhos nesse sentido (o que confesso, tem me irritado um pouco). Contudo, vi outras coisas acontecerem na vida também... vi gente que se planejou, apostou todas as fichas no sonho de ser estável, de ter um lar seguro, um pouso confortável, mas que na vida, no amor, na motivação, fracassou. E fracassou bem mais do que gente que nunca conquistou estabilidade... no fundo acho que quem não conquista estabilidade é porque estava ocupado em conquistar o mundo, em modificá-lo, impactá-lo. Muita gente que colocou essa questão como objetivo, desaprendeu a sonhar, a mexer nas estruturas. Acho que dinheiro é uma coisa importante, casa, carro, emprego de concurso público.... acho tudo isso bom... porém, acho também muito pouco. O problema de uma busca por estabilidade, vazia de outras coisas, é que é o cúmulo da mediocridade. Ok, parabéns, você terminou sua faculdade, você se casou, comprou uma casa e um carro financiados, antes passou num concurso público, aí teve um filhinho.... e formou uma feliz família doriana. Tenho pavor só de pensar em mim neste cenário... e ainda cumprindo o papel que cabe a mulher.... não... não mesmo. Quando alguém quiser vir me dar alguma lição neste sentido, se eu tiver intimidade com a pessoa, vai sair convencido do contrário, se eu não tiver... vou fingir que não é comigo. Estabilidade importante mesmo, é aquela que a gente carrega dentro da gente, a de saber quem se é... de entender o mundo, de ter forças para lutar pela vida e pelo seu entorno... estabilidade de fazer o melhor da gente em tudo que nos é proposto... todo o mais, a qualquer momento, nos pode ser tirado, e no geral é perfumaria, mediocridade, e vem naturalmente. O que não dá é para ter casa própria, concurso público e carro popular como objetivo de vida... eu quero mais...muito mais!!!!

Morre lentamente

Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo...

Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajectos,
quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece...

Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco
e os pontos sobre os "is"
em detrimento de um redemoinho de emoções
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente
quem não vira a mesa
quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto
para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida
fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige
um esforço muito maior que o simples facto de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.

Pablo Neruda

?????

Há que se ter um bom motivo para revisar os conceitos construídos, ou desconstruídos...
Deixemos o Universo girar... para ver se as motivações se renovam ou se reinventam.

Ignorância: minha!!!

Faz tempo que não escrevo. Ando meio sem inspiração para escrever... e quando vem uma idéia boa, estou longe do computador e/ou da internet, aí, acabo esquecendo, e fico sem escrever. Mas hoje decidi, com ou sem inspiração, escrever, sem falta, e cá estou. Na verdade, lembro um pouco de uma idéia excelente para um post, que tive no domingo. Estava em São Paulo... e fui convidada para ir em um evento na zona leste, que pela cara do convite era de Hip-hop. Respeito o movimento Hip-hop. Mas confesso que nunca fui muito fã da estética... tipo, gosto de música clássica, MPB, no máximo rock nacional ou Beatles. Nem quando meu estado de espírito está o caos, coloco para ouvir algo mais pesadão que contemple isso. Mas fui ao evento... pelo respeito que tenho pelo movimento e porque a organização era da JPT... mas, na minha limitação e infinita ignorância musical, fui com um certo receio, um medinho de não gostar... e estar lá apenas para cumprir protocolo. Mas ainda bem que para toda ignorância que há em nós, há uma realidade desafiadora, que caso permitamos, nos faz crescer, e nos tira do lugar comum no qual estamos... e assim foi comigo. Chegando lá, percebendo a realidade, entendendo a importância daquele movimento para aquela galera, como uma expressão, uma voz contestadora, com um fim de transformação de uma realidade dura, difícil... confesso que meu coração foi tocado... adorei  aprender algo que vá além dos meus gostos limitados... adorei mergulhar num contexto tão diferente... me fez crescer.